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Veja dados da pegada de carbono de produtos do agro em nível municipal

Veja dados da pegada de carbono de produtos do agro em nível municipalFoto: Embrapa

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Dados de pegada de carbono de vários produtos agropecuários em nível municipal estão disponíveis para todo o Brasil por meio do método BRLUC (Brazilian Land Use Change). São sobre o processo de “Mudança no uso da terra” (Land use change ou LUC em inglês), que podem responder por até 90% da pegada de carbono destes produtos e que foi responsável por aproximadamente 66% das emissões de CO2 no Brasil em 2020.

As novas estimativas de emissões foram publicados em uma das principais revistas que tratam do tema de avaliação do ciclo de vida (ACV) no mundo, o Journal of Cleaner Production, e está disponível neste link. Os dados para o período 2000-2019 também estão com acesso aberto no site da Embrapa em https://brluc.cnpma.embrapa.br/.

Se o objetivo do estudo é levantar a pegada de carbono de algum produto agrícola e o uso da terra no local de produção era floresta ou pastagem há 20 anos, é necessário contabilizar esta diferença de estoque de carbono e as emissões de CO2 decorrentes desta mudança de estoque.

“Os estoques de carbono de uma floresta podem ser até sete vezes maiores que os de uma lavoura. Então, se essa conversão ocorreu no período de 20 anos, as emissões podem ser muito altas”, explica Danilo Garofalo, bolsista de inovação da Embrapa Meio Ambiente e primeiro autor do estudo.

A estimativa é de 911 Mtons de CO2 associados à agricultura, em 2019, sendo 81% destas relacionadas a pastagens plantadas. As taxas de emissão de mudança de uso da terra no Brasil para cana-de-açúcar, milho e soja foram estimadas em 0,3, 2,0 e 2,3 tCO2.ha-1.ano-1, respectivamente.

Fonte: Embrapa