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Investidores do agro devem ficar atentos aos fenômenos climáticos

Investidores do agro devem ficar atentos aos fenômenos climáticosJaneiro com temporais frequentes é motivo para alerta. Foto: Pexels

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O verão sob os efeitos das mudanças climáticas, como o fenômeno La Niña, vem mostrando seus impactos no agro brasileiro. Mas o alerta não é apenas para quem trabalha no campo. Para os investidores de renda variável o momento também sugere cautela e planejamento, sobretudo quando se pensa nas safras e nos preços das commodities.

“Se chover mais do que o necessário é ruim, assim como o contrário. Existe uma quantidade exata de chuva e calor que se faz necessária para a plantação crescer mais e melhor”, afirmou Vinicius Steniski, analista de ações do TC Matrix, ao portal E-investidor.

As chuvas acima da média em janeiro em Mato Grosso, como resultado de uma frente fria se movendo em direção à região Centro-Oeste do Brasil, preocupam porque atrasam a colheita da soja,  o que acaba por adiar o plantio de outras culturas , como o milho e  o algodão, como informou o Gigante 163

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, opera diretamente commodities. Ele orienta o investidor que que aplica diretamente nas empresas a diversificar as aplicações. Alves ressalta outra solução que é a possibilidade se fazer um “hedge”, mecanismo que serve para proteger operações financeiras expostas a uma alta taxa de volatilidade, seja via safra ou dólar.

“O hedge pode ser feito através de trava de preço, em que o investidor negocia a safra ou o dólar a um preço futuro, a fim de garantir um determinado valor, mesmo que haja uma queda forte, por exemplo. Assim, o investidor pode ficar mais tranquilos em cenários de estresse, como de safra irregular, inflação global e câmbio volátil”, explicou ao E-Investidor.