O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada ao presidente Lula neste mês.
Segundo a Casa Branca, a medida entra em vigor no próximo dia 6 de agosto e foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
A ordem, porém, deixa de fora diversos produtos-chave para as exportações brasileiras, como alguns derivados de celulose e petróleo, polpa e suco de laranja, algumas aeronaves civis e peças, alguns fertilizantes, produtos energéticos, ferro-gusa e metais preciosos
Em relação ao agro, a lista inclui: castanhas e frutas, especificamente a castanha-do-Brasil com casca. Na categoria de produtos cítricos, estão a polpa de laranja, suco de laranja congelado e suco de laranja não congelado. Entre os produtos florestais, a lista abrange madeira tropical serrada ou lascada no sentido do comprimento, além de celulose química e semicelulose derivada de madeira. O setor de fertilizantes também seria impactado, incluindo fertilizantes em tabletes ou pacotes de até 10 kg, fertilizantes minerais ou químicos que contenham nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), e aqueles com fósforo e potássio. Por fim, em produtos têxteis de uso agropecuário, destacam-se os cordéis ou fios para enfardamento feitos de sisal ou outras fibras do gênero Agave.
Bens em trânsito: Produtos que já estavam em trânsito antes da entrada em vigor da ordem — desde que cheguem aos EUA até 5 de outubro — não serão afetados pela nova tarifa.
Carne, café e frutas serão taxados.