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Ação deve recuperar até 3 milhões de ha de área degradada na 1ª fase

Ação deve recuperar até 3 milhões de ha de área degradada na 1ª faseIniciativa quer recuperar 40 milhões de hectares em 10 anos. Foto: Embrapa

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Por André Garcia

A primeira fase do Programa Caminho Verde Brasil vai recuperar entre 1,4 milhão e 3 milhões de hectares de áreas degradadas, segundo estimativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).  Para esta etapa, a iniciativa contará com um montante de R$ 30,2 bilhões, destinados por meio do 2º leilão do Eco Invest Brasil.

De acordo com  o assessor especial do Ministério, Carlos Augustin, ao apresentar os resultados do leilão em reunião do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG), da Fiesp, na segunda-feira (8/9), agora o governo busca parcerias internacionais para garantir a continuidade do projeto. Objetivo é recuperar 40 milhões de hectares.

“Uma das possibilidades é a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) com quem estamos em fase final de negociação para trazer mais US$ 1 bilhão para o programa”, destacou.

Estratégico para a agropecuária, o Cerrado é o bioma com o maior volume de recursos nesta primeira fase: R$ 17,2 bilhões. Na sequência vem a Mata Atlântica (R$ 4 bilhões), a Amazônia (R$ 3,5 bilhões) e a Caatinga (R$3 bilhões). Completando a lista, Pampa e Pantanal contarão com R$ 1,2 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente.

Caminho Verde Brasil

Lançado oficialmente em abril, o Caminho Verde Brasil cria condições para o aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas, preservando matas nativas.  O objetivo é restaurar 40 milhões de hectares em 10 anos, para que sejam utilizados em sistemas produtivos sustentáveis.

Dessa forma, o Governo Federal quer reforçar a posição estratégica do Brasil na agenda global de desenvolvimento sustentável.

“Isso é bom para o Brasil, para o produtor, para a população brasileira que vai ter maior oferta de alimentos e é bom para o mundo, porque promove a segurança alimentar e cuida do meio ambiente. É o agro do futuro”, destacou o presidente do COSAG, Jacyr Costa.

Integração em foco

As propostas homologadas indicaram maior interesse em projetos voltados para culturas perenes (33%), como fruticultura e cana-de-açúcar, seguidos por abordagens integradas (29%), como sistemas agroflorestais e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Também há projetos de lavouras anuais ou pecuária de forma isolada (27%), além de atividades de floresta e restauração (11%).

Os produtores interessados em aderir poderão obter crédito com taxa de juros abaixo do mercado, em um dos 10 bancos vencedores do leilão: Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, BTG, Itaú, Bradesco, Santander, Banco Votorantim, Rabobank e Safra.

Para isso, é necessário assumir o compromisso de não desmatar novas áreas pelo prazo do financiamento e de fazer balanço anual de carbono, entre outras condicionantes.

 

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