O Mato Grosso do Sul registra um desempenho histórico no combate a incêndios florestais. A Operação Pantanal 2025 demonstrou que a área queimada no estado caiu de mais de 2,3 milhões de hectares em 2024 para 202.678 hectares neste ano. Além da queda recorde na área atingida, com 1.811 focos de calor registrados, 2025 caminha para ser o ano com a menor incidência de incêndios em 27 anos de monitoramento.
O balanço da operação foi apresentado no 6º Seminário em Manejo Integrado do Fogo (MIF), comprovando a eficácia da estratégia integrada de prevenção do estado.
O tenente-coronel Leonardo Congro, assessor da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) e presidente do Comitê Estadual do Fogo, destacou que o resultado é fruto de planejamento.
“A redução histórica dos incêndios não é resultado do acaso, mas de uma estratégia integrada, que envolve desde o manejo preventivo até a rápida mobilização das equipes de resposta.”
Preparação e resposta interinstitucional
O sucesso da operação reflete o fortalecimento da atuação interinstitucional e a qualificação técnica das equipes:
Corpo de Bombeiros
A corporação demonstrou eficiência, atuando em duas frentes:
- Prevenção e Capacitação: Foram realizados manejos preventivos do fogo em 1.150 hectares e formados 929 brigadistas.
- Atuação: Dos 180 militares previstos para cada ciclo operacional, apenas 120 foram empenhados. O subdiretor de Proteção Ambiental do CBMMS, major Eduardo Teixeira, destacou que, em muitos casos, os focos foram combatidos antes mesmo de serem registrados por satélite.
PMA e IMASUL
Gerente de Unidades de Conservação do Imasul, Leonardo Tostes reforçou que os resultados obtidos estão diretamente relacionados aos investimentos em prevenção e tecnologia. Ele explicou que o Imasul, como órgão delegado para a fiscalização ambiental, atua em parceria com a PMA por meio de um termo de cooperação, desencadeando ações com base em análises técnicas, imagens de satélite e sistemas de monitoramento.
Foram realizadas cerca de 750 vistorias, resultando em R$ 49 milhões em autuações, principalmente no combate a focos ativos em tempo real.
“Realizamos 1.500 hectares de queima prescrita em unidades de conservação, uma medida fundamental para prevenir grandes incêndios. Também ampliamos nossa Sala de Situação, equipada com sistemas avançados e imagens de satélite que nos permitem monitorar em tempo real. Essa combinação de prevenção, monitoramento e educação ambiental contribuiu para a redução significativa dos incêndios”, disse Tostes.