HomeEcologia

Humanidade tem dois anos para salvar planeta, diz executivo da ONU

Humanidade tem dois anos para salvar planeta, diz executivo da ONUStiell defendeu que é preciso frear o desmatamento. Foto:Polícia Federal

Pantanal e Cerrado devem ser destaques na pauta da COP-28
Pesquisadores pedem que Cerrado seja discutido na COP 28
Desmatamento cresce 3% e Cerrado ganha plano para preservação

O chefe do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), Simon Stiell, disse nesta quarta-feira, 10/4,  num evento em Londres que o aquecimento global está perdendo espaço na agenda dos políticos. Segundo ele, governos, líderes empresariais e instituições bancárias de desenvolvimento têm apenas dois anos para tomar medidas a fim de evitar uma mudança climática pior. As informações são da Reuters.

De acordo com Stiell, os próximos dois anos são essenciais para salvar nosso planeta.

“Ainda temos uma chance de fazer com que as emissões de gases de efeito estufa caiam, com uma nova geração de planos climáticos nacionais. Mas precisamos desses planos mais fortes, agora”, disse.

O chefe do clima da ONU reiterou que os países do G20 – responsáveis por 80% das emissões globais – precisam urgentemente dar um passo à frente.

A principal tarefa das negociações climáticas da organização em 2024 em Baku, no Azerbaijão, é que os países cheguem a um acordo sobre uma nova meta de financiamento climático para apoiar os países em desenvolvimento que tentam investir no abandono dos combustíveis fósseis e no combate às mudanças desenfreadas.

Com lobistas e representantes empresariais junto das delegações governamentais diretamente envolvidas nas negociações, as cúpulas da ONU sobre o clima aumentaram de tamanho nos últimos anos.

Cerca de 84 mil pessoas participaram da COP28 de 2023 em Dubai, atraindo críticas de ativistas depois que mais de 2 mil lobistas do setor dos combustíveis fósseis se registraram para participar.

Stiell explicou que gostaria de ver as futuras reuniões da COP reduzidas em tamanho, ao mesmo tempo em que priorizassem resultados fortes. Ele disse que estava conversando com o Azerbaijão e o Brasil – anfitrião das próximas duas cúpulas climáticas da ONU – sobre o assunto.