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Polinizadores silvestres geram aumento de 30% da produção agrícola

Polinizadores silvestres geram aumento de 30% da produção agrícola

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As abelhas e outros polinizadores são aliados dos agricultores para o aumento da produtividade em suas lavouras. Mesmo a soja sendo uma espécie em que ocorre a autofecundação, o aumento de produtividade pode chegar a 30% com a polinização, além de melhorar a qualidade do grão.

Esse efeito também é observado no café a na canola. Os especialistas estimam que o incremento dos polinizadores da soja, que incluem abelhas, moscas, borboletas e vespas, pode ser calculado em mais de R$  26 bilhões. Já no caso das espécies nativas frutíferas como o cupuaçu, a formação dos frutos é 100% dependente da polinização por abelhas. As estimativas de ganhos para cada cultura, cultivada ou nativa, estão disponíveis no Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil.

Para que a agricultura e a humanidade se beneficiem dos serviços prestados pelas abelhas, é importante a manutenção de corredores ecológicos, ou seja, faixas contíguas de florestas e vegetação nativa que abrigam os polinizadores. O Brasil possui grande diversidade de abelhas, muitas delas sem ferrão.

Estudos realizados pela bióloga Vera Lucia Imperatriz Fonseca, da Universidade de São Paulo (USP), apontam que o valor global da polinização varia entre US$ 235 bilhões e US$ 575 bilhões ao ano. Avaliações recentes baseadas nos bancos de dados da FAO (Food and Agricultural Organization) confirmam que 33% da alimentação humana depende em algum grau de plantas cultivadas, polinizadas muitas vezes pelas abelhas.

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