HomeBalanço

Brasil registra 900 focos de queimadas em seis dias de 2025

Brasil registra 900 focos de queimadas em seis dias de 2025Amazônia foi a região mais afetada pelas queimadas. Foto: Agência Brasil

População ocupada no agronegócio chega ao maior número desde 2015
EUA conhecem Programa de Conversão de Pastagens em evento
Agrotóxicos sob suspeita por morte de abelhas no Brasil

Em apenas seis dias de 2025, o Brasil já contabilizou cerca de 900 focos de queimadas, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse número supera o total registrado nos 31 dias de janeiro de 2000 e 2001, quando foram registrados 778 e 547 focos, respectivamente. A Amazônia foi o bioma mais afetado pelas queimadas nos primeiros dias de 2025, com 310 focos. Em seguida, vieram a Caatinga (301 focos), Cerrado (182), Mata Atlântica (85), Pampa (10) e Pantanal (3).

O ano de 2024 também foi marcado por aumento no número de queimadas, com 278 mil focos, o maior desde 2010, quando o país registrou 319 mil focos. Este foi o sétimo maior número na série histórica do INPE, que começou em 1999. No ano passado, a Amazônia também liderou as queimadas, com 140.346 focos, seguida pelo Cerrado (81.468 focos) e pela Mata Atlântica (21.328 focos). Outros biomas, como a Caatinga, o Pantanal e o Pampa, registraram números menores de focos. No levantamento por estados, o Pará foi o mais afetado, com 56 mil focos, seguido por Mato Grosso (50,5 mil), Amazonas (25,5 mil), Maranhão (22,8 mil) e Tocantins (17 mil).

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a crise é resultado da seca histórica de 2024, considerada a pior em 74 anos. A pasta também destacou que essa situação levou a uma resposta mais ágil dos governos.

“No âmbito federal, foi concluída a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que entra em 2025 em funcionamento, o que, segundo o MMA, garantirá o fortalecimento da articulação junto a estados e municípios, fator considerado crucial para alcançar respostas mais céleres em relação aos incêndios”, informou o governo federal.

A medida foi criada em julho de 2024, durante a crise, após a seca atingir fortemente o Pantanal. Ela visa coordenar as ações entre a União, estados, municípios, sociedade civil e organizações privadas.