HomeAgricultura

Dia do Agricultor Familiar: a mão que semeia nosso alimento

Dia do Agricultor Familiar: a mão que semeia nosso alimentoRendimento médio mensal dos trabalhadores rurais avançou 5,5%.Foto: Agência Brasil

Banco Raiz investe cerca de meio milhão na agricultura familiar da amazônia mato-grossense
Cultivo do maracujá em Nova Ubiratã traz otimismo para agricultor familiar
Produtores de Lucas de Rio Verde são primeiros beneficiados do PNCF

Neste 25 de julho, Dia Internacional do Agricultor Familiar, o Gigante 163 faz  convite ao leitor para olhar de gratidão para os milhões de homens e mulheres que, em todo o Brasil, dedicam suas vidas à terra. Longe dos holofotes, esses agricultores e agricultoras são a espinha dorsal de nossa alimentação, responsáveis por grande parte dos alimentos frescos e saudáveis que chegam à nossa mesa.

A importância da agricultura familiar vai muito além do prato. Ela é um motor de desenvolvimento local, gerando renda e empregos em milhares de municípios e mantendo as comunidades rurais vivas e ativas. Ao cultivar uma vasta diversidade de produtos, da hortaliça ao grão, esses produtores não apenas garantem a segurança alimentar, mas também protegem nossa biodiversidade e promovem práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente.

São as mãos e os saberes desses agricultores familiares que impulsionam a agroecologia, um modelo de produção que valoriza os ciclos naturais, reduz o uso de agrotóxicos e fortalece a resiliência dos nossos ecossistemas frente às mudanças climáticas. Eles são guardiões de conhecimentos transmitidos por gerações, essenciais para uma relação mais harmônica entre produção e natureza.

Ao valorizar a agricultura familiar, estamos investindo em um modelo de desenvolvimento mais justo, sustentável e inclusivo. É reconhecer que o alimento não é apenas uma mercadoria, mas o resultado de um trabalho árduo, de uma cultura e de um compromisso com o futuro.

O Anuário Estatístico da Agricultura familiar da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) revela dados positivos do setor. Veja:

  • Rendimento médio mensal dos trabalhadores rurais avançou 5,5% no 1º trimestre de 2025. Passou de R$ 2.022 para R$ 2.133, um crescimento superior aos 0,2% registrados em 2024.
  • Norte (+21%) e Sul (+9,7%) foram as regiões com maior alta. Centro-Oeste registrou queda (-7,9%), mas ainda possui a maior renda média (R$ 3.492). Nordeste continua com o menor rendimento médio (R$ 1.081).
  • Taxa de desemprego entre mulheres do campo caiu para 7,6% em 2024. É o menor nível desde 2015, marcando o terceiro ano consecutivo de queda.
  • Ensino Superior triplicou (de 2% para 6%) entre 2012 e 2024. Ensino Médio completo subiu de 14% para 25% no mesmo período.
  • Em 2024, o PAA registrou o maior número de agricultores beneficiados desde 2016 (82.573 cadastros), um aumento de 87,5% em relação a 2023.

.