Neste 25 de julho, Dia Internacional do Agricultor Familiar, o Gigante 163 faz convite ao leitor para olhar de gratidão para os milhões de homens e mulheres que, em todo o Brasil, dedicam suas vidas à terra. Longe dos holofotes, esses agricultores e agricultoras são a espinha dorsal de nossa alimentação, responsáveis por grande parte dos alimentos frescos e saudáveis que chegam à nossa mesa.
A importância da agricultura familiar vai muito além do prato. Ela é um motor de desenvolvimento local, gerando renda e empregos em milhares de municípios e mantendo as comunidades rurais vivas e ativas. Ao cultivar uma vasta diversidade de produtos, da hortaliça ao grão, esses produtores não apenas garantem a segurança alimentar, mas também protegem nossa biodiversidade e promovem práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente.
São as mãos e os saberes desses agricultores familiares que impulsionam a agroecologia, um modelo de produção que valoriza os ciclos naturais, reduz o uso de agrotóxicos e fortalece a resiliência dos nossos ecossistemas frente às mudanças climáticas. Eles são guardiões de conhecimentos transmitidos por gerações, essenciais para uma relação mais harmônica entre produção e natureza.
Ao valorizar a agricultura familiar, estamos investindo em um modelo de desenvolvimento mais justo, sustentável e inclusivo. É reconhecer que o alimento não é apenas uma mercadoria, mas o resultado de um trabalho árduo, de uma cultura e de um compromisso com o futuro.
O Anuário Estatístico da Agricultura familiar da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) revela dados positivos do setor. Veja:
- Rendimento médio mensal dos trabalhadores rurais avançou 5,5% no 1º trimestre de 2025. Passou de R$ 2.022 para R$ 2.133, um crescimento superior aos 0,2% registrados em 2024.
- Norte (+21%) e Sul (+9,7%) foram as regiões com maior alta. Centro-Oeste registrou queda (-7,9%), mas ainda possui a maior renda média (R$ 3.492). Nordeste continua com o menor rendimento médio (R$ 1.081).
- Taxa de desemprego entre mulheres do campo caiu para 7,6% em 2024. É o menor nível desde 2015, marcando o terceiro ano consecutivo de queda.
- Ensino Superior triplicou (de 2% para 6%) entre 2012 e 2024. Ensino Médio completo subiu de 14% para 25% no mesmo período.
- Em 2024, o PAA registrou o maior número de agricultores beneficiados desde 2016 (82.573 cadastros), um aumento de 87,5% em relação a 2023.
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