Apesar de o ritmo de plantio da soja estar acima das médias históricas em Mato Grosso, ele não ocorre sem dificuldades. A falta de chuvas levou alguns produtores a interromperem os trabalhos no campo na virada de setembro para outubro.
Analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que, embora algumas regiões tenham sido beneficiadas por precipitações, outras enfrentam a seca.
Até o dia 3 de outubro, a semeadura atingiu 15,03% da área prevista, um avanço de 9,06 pontos percentuais (p.p.) em relação à semana anterior. Este ritmo está 5,44 p.p. acima do mesmo período da safra 2024/25 e 3,56 p.p. superior à média dos últimos cinco anos.
No entanto, o Imea relata que, sem as condições climáticas adversas, o progresso teria sido ainda mais expressivo, já que muitos sojicultores interromperam o plantio devido aos baixos volumes de chuva e às altas temperaturas. As regiões Médio-Norte (24,27%), Noroeste (18,89%) e Oeste (18,24%) estão mais adiantadas.
Projeção de chuvas
As projeções da NOAA indicam que os próximos dias devem ter menor volume de precipitações no curto prazo, com uma expectativa de retomada mais consistente apenas a partir da metade de outubro. Este cenário pode afetar tanto o desenvolvimento inicial das lavouras quanto o ritmo da semeadura.