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Fundo vai investir R$ 300 milhões em pesquisa agropecuária

Fundo vai investir R$ 300 milhões em pesquisa agropecuáriaFundo beneficiará pesquisas da iniciativa pública e privada. Foto: Reprodução/Mapa

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Criado para acelerar inovações no campo com apoio do setor privado, o Fundo de Agricultura Sustentável (FAS) deve investir R$ 300 milhões em projetos de pesquisa agropecuária até 2026. A proposta é financiar tecnologias que aumentem a produtividade, reduzam riscos climáticos e melhorem a eficiência no uso de insumos.

O fundo foi idealizado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, com apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A iniciativa parte de um modelo inédito no País: um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) com estruturação privada e retorno baseado em resultados das pesquisas apoiadas.

“O FAS nasce para dar suporte a soluções em pesquisa que garantam produtividade com resiliência, eficiência com viabilidade econômica, crescimento com legado. É um fundo que honra a história do agro brasileiro – e prepara o setor para o que vem a seguir”, diz o prospecto do fundo, obtido pelo AGFeed.

Governança privada e incentivos a pesquisadores

 A estrutura prevê aportes nos três primeiros anos (até julho de 2028) e retorno aos investidores nos sete anos seguintes. A remuneração mínima será de IPCA mais 1% ao ano, acrescida de 80% dos royalties gerados por tecnologias bem-sucedidas. Parte dos ganhos será usada para premiar os pesquisadores envolvidos.

A CNA será responsável pelos dois primeiros aportes de R$ 100 milhões (em julho de 2025 e 2026), enquanto a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) negocia a terceira parcela, prevista para dezembro de 2026. A gestão ficará a cargo da SP Ventures, com assessoria da Zera.ag.

Sediado na FGV Agro, em São Paulo, o fundo terá governança técnica e independente. Entre os exemplos que o FAS quer multiplicar está o BiomaPhos, insumo biológico desenvolvido pela Embrapa em parceria com a Simbiose/Bioma, que gerou R$ 4,2 bilhões em valor econômico nos primeiros cinco anos de uso.

Além de captar recursos do setor produtivo, o FAS já iniciou articulações com os governos de São Paulo e Paraná para ampliar sua base de financiamento e alcançar a meta de R$ 1 bilhão ao longo da próxima década.

 

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