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Veja como a decisão da Índia de parar exportação de trigo impacta o Brasil

Veja como a decisão da Índia de parar exportação de trigo impacta o BrasilFoto: Secom-MT

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Considerado o segundo maior produtor de trigo do mundo, atrás apenas da China, a Índia proibiu as exportações da commoditie, desde sábado, 14/5. A decisão foi motivada pelo aumento dos preços do cereal no mercado mundial, causado pela onda extrema de calor que atinge o país e pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

De acordo com o Deutsche Welle, os compradores globais estavam apostando na Índia para suprir parte da demanda criada com a queda nas exportações dos dois países do leste europeu, que juntos representam cerca de 30% das exportações mundiais deste cereal.

A decisão da Índia, de acordo com o portal G1, pode elevar preços mundiais para novos patamares e atingir países mais pobres, como Ásia e África. Ministros de Agricultura do G-7 criticaram o governo indiano e disseram que a medida “agravará a crise”.

O Brasil, no entanto, pode se beneficiar, já que é classificado entre os 5 maiores exportadores de trigo do mundo.

No entanto, a escassez da matéria-prima pode pressionar os preços de alimentos feitos à base de trigo, como pães, massa e farinha, bem como da carne.

Números do trigo no Brasil

Este ano, as exportações do trigo superaram as importações: US$ 246,3 exportados (836,6 mil toneladas), contra US$ 141,58 milhões importados (498,8 mil toneladas).

Em janeiro e fevereiro de 2022, as exportações recordes de trigo, em valor e em volumes (1,48 milhão de toneladas; + 184,2%), apresentaram como principais destinos: Arábia Saudita (US$ 85,63 milhões; 19,6% de participação); Marrocos (US$ 68,16 milhões; 15,6%); e Indonésia (US$ 65,70 milhões; 15%).

O Paraná responde por quase metade da produção de trigo brasileira e 30% do volume de moagem.

“As nossas cultivares no Brasil melhoraram muito em termos de qualidade nos últimos anos, então a gente espera um ganho de produtividade e um aumento da área plantada. Então estamos otimistas que a safra seja excelente”, analisa Paloma Venturelli, vice-presidente do Sinditrigo-PR, ao G1