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Eventos extremos estão na agenda de força-tarefa do G20

Eventos extremos estão na agenda de força-tarefa do G20Especialistas vão debates soluções urgentes. Foto: Dênio Simões/ MIDR

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Com o objetivo de dar apoio técnico à presidência brasileira do G20, o governo federal realiza uma força-tarefa contra mudanças climáticas. A pauta, aliás, é um dos três pilares junto ao grupo das maiores economias do mundo. As outras são governança global e combate à fome e pobreza. As informações são da Folha de S. Paulo.

O Brasil preside o G20 em 2024 e sedia a COP 30 no ano seguinte, em Belém. Para reforçar sua presença, o governo escalou 12 especialistas encarregados de fazer análises e recomendações de políticas públicas sustentáveis. A agenda busca transformações nos modos de produção e consumo para limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

Esse grupo produzirá um relatório com diretrizes para planos nacionais de transição climática e orientações para refundar os marcos de financiamento para a transição verde, repensando papéis desempenhados por bancos de desenvolvimento, agentes privados e atores estatais.

Diante da tragédia no Rio Grande do Sul, integrantes do projeto dizem que eventos extremos já se tornaram frequentes e que isso torna políticas de adaptação e mitigação urgentes.

“Os países precisam ir além de mitigar efeitos das mudanças climáticas, precisam conduzir uma verdadeira transição, com ênfase à adaptação”, diz Arilson Favareto, coordenador do projeto pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), instituição responsável pela secretaria-executiva da força-tarefa de mudanças climáticas do G20.

De acordo com Favareto, existem três áreas emergenciais: produção de alimentos com menor impacto ambiental, substituição de combustíveis fósseis por matrizes energéticas limpas e adaptações dos sistemas urbanos.

“Isso significa repensar todas as infraestruturas urbanas, de maneira adaptada ao clima. Isso inclui transporte, construção civil, para citar alguns casos.”