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Ibama mantém fiscalizações contra garimpo ilegal na TI Sararé (MT)

Ibama mantém fiscalizações contra garimpo ilegal na TI Sararé (MT)Toda a aérea é monitorada pelo Ibama. Foto: Reprodução

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A fiscalização do Ibama na Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso, resultou em mais apreensões. No último dia 15/10, domingo, o Instituto deflagrou a terceira operação de combate ao garimpo ilegal. Até o momento, foram inutilizadas 33 escavadeiras hidráulicas, duas caminhonetes, 11 motores estacionários, uma moto e três geradores.

A Operação Ferro e Fogo contou com quatro agentes do Grupo de Resposta Rápida da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e cinco da Força Nacional. A última ação do Ibama na TI havia ocorrido no fim de setembro. As ações rotineiras provocaram a redução do número de alertas de garimpo ilegal, em outubro, com 210 km² até o momento.

A tendência é de queda. Em agosto passado, o Ibama detectou 1.170 km² de área invadida ilegalmente para a atividade de mineração. Em setembro, o perímetro foi reduzido para 960 km², queda de 18%. As operações realizadas pelo Instituto, neste ano, resultaram na inutilização de mais de 76 escavadeiras hidráulicas no interior da TI Sararé.

Porém, em 2023, houve expressivo aumento de alertas de garimpo no território. De 1º de janeiro a 17 de outubro de 2022, foram registrados 55 alertas em 56 hectares. No mesmo período deste ano, somam 1.227 alertas em 5,2km² (520 hectares), aumento de 2.230%. Os dados são da plataforma Brasil Mais – projeto operacional de sensoriamento remoto do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O aumento dos alertas de garimpo na TI Sararé pode ser explicado pela migração da atividade garimpeira ilegal para essa região. A facilidade logística para acesso à TI Sararé também favorece a ampliação rápida da atividade ilegal na área.

TI Sararé

A Terra Indígena Sararé, localizada no Estado do Mato Grosso, nos municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Via Bela da Santíssima Trindade, foi homologada em 1985 e é ocupada tradicionalmente pelo povo Nambikwara.

Ela ocupa, em 2023, o segundo lugar no ranking de alertas de garimpo dentre todas as Terras Indígenas do Brasil, ficando apenas atrás da TI Kayapó (PA), seguida pelas TIs Yanomami (RR) e Munduruku (PA).

Fonte: Ibama