Neste 2 de junho, Dia Mundial de Ação contra o Calor, um novo estudo revela que quase metade da população mundial (4 bilhões de pessoas) enfrentou pelo menos um mês adicional de calor extremo entre maio de 2024 e maio de 2025 – que incluiu o ano mais quente já registrado na história – por causa da crise climática.
No Brasil, o calor acima da média também bateu recordes. Foram 57 dias com temperaturas extremas, sendo que 47 deles não teriam ocorrido sem a influência das mudanças climáticas, segundo o relatório. O País não lidera o ranking global, mas os efeitos já são sentidos em diversas regiões, com impactos na saúde, no abastecimento de água e no agicultura.
Isso sem contar que, com a Terra mais quente, as queimadas tendem a chegar mais cedo e serem mais severas.
No geral, o estudo, feito por cientistas do World Weather Attribution, Climate Central e do Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. identificou 67 eventos de calor extremo durante o período analisado, todos com a marca das mudanças climáticas.
O calor excessivo já é apontado como o evento climático mais mortal do planeta. Muitas mortes, porém, são subnotificadas, diz o documento. Em 2022, estima-se que a Europa tenha registrado mais de 61 mil mortes por calor — mas os números reais podem ser ainda maiores.
O relatório também alerta para impactos em cadeia. O calor prejudica colheitas, pressiona redes de energia, reduz o acesso à água potável e afeta a produtividade de cidades inteiras.
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