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Microsoft vai investir 1 US$ bilhão em soluções verdes

Microsoft vai investir 1 US$ bilhão em soluções verdes

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A presidente da Microsoft, Tania Consentino, afirmou nesta quarta-feira, 29/9, que a empresa vai investir US$ 1 bilhão em startups com soluções verdes. O fundo foi criado para questões ambientais, como reciclagem, geração de energia, redução do consumo de água, captura de carbono, entre outros temas.

“Os desafios são enormes e só a tecnologia vai nos dar respostas para esses problemas”, disse Tania Consentino, durante sua participação no 10º Sustentável 2021 – Brasil 2050 – Negócio Regenerativos, Inclusivos e Resilientes.

Durante o encontro, a executiva falou sobre a PrevisIA, ferramenta que pode prever o desmatamento da Amazônia, lançada em agosto. Criada pela Microsoft, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o Fundo Vale, a plataforma se utiliza de Inteligência Artificial para analisar dados, como topografia e cobertura do solo, antecipando informações de regiões com maior risco de tendências a queimadas e desmatamento.

A gente consegue envolver órgão ambientais, Ministério Público, secretarias do Meio Ambiente. O Ministério Público está superengajado nesse projeto, as secretarias do Meio Ambiente regionais também porque elas vão usar esses dados tanto na construção de políticas públicas, como também na ação, na prevenção. É isso que a gente quer”, disse.

Segundo Tânia, a Microsoft enxerga a sustentabilidade como imperativo de negócio, e a missão da empresa é também influenciar parceiros e colaboradores para práticas sustentáveis.

Ela deu como exemplo o lançamento, agora em outubro, da “cloud for sustainability” (nuvem para sustentabilidade). “Com esse serviço, a gente vai ajudar nosso clientes a usar dispositivos de conexão, a fazer o rastreamento de suas emissões, a certificar e reportar suas medições de carbono”, afirmou.

As ambições da Microsoft, de acordo com Tânia, são de zerar as emissões de carbono até 2030, negativar emissões históricas até 2050 e investir em tecnologia de refrigeração.

Outra meta é a reciclagem não só de embalagem, mas de microeletrônicos. “Estamos investindo em startups para entender, aprender e aplicar como se recicla para não gerar grande quantidade de lixo eletrônico no curto, médio e longo prazo”.

Para Tania Consentino, “sustentabilidade dentro do mundo empresarial é uma jornada, não um statement (declaração) que você coloca num power point porque isso pode levar a greenwashing”.

Tania disse ainda que o Brasil precisa aproveitar COP-26 para recuperar o protagonismo que ele já teve em edições passadas do evento.

“Se tem um país que pode zerar a jornada para uma economia de baixo carbono, esse país é Brasil”, afirmou.