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País aposta no G20 para alavancar projetos de bioeconomia

País aposta no G20 para alavancar projetos de bioeconomiaModelo é bom para o planeta e para a economia. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O Brasil quer que os integrantes do G20 ajudem a desenvolver as tecnologias necessárias para que os projetos de bioeconomia na Amazônia sejam colocados em prática. A expectativa é que que o grupo de 20 grandes economias globais contribua com iniciativas de inovação aberta e de catalogação de espécies. As informações são do Valor Econômico.

A bioeconomia é considerada central para garantir o desenvolvimento econômico da região amazônica combinado com a preservação da floresta. Apesar de seu potencial, o cenário para a materialização dos projetos ainda é de longo prazo, o que representa mais pressão sobre os recursos naturais do bioma.

O governo brasileiro criou uma secretaria específica para tratar sobre o tema na estrutura do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) cuja titular é Carina Pimenta. Ela afirmou ao jornal em março do ano passado que a bioeconomia  é  uma oportunidade para o Brasil, que tem uma biodiversidade riquíssima, de se tornar uma referência mundial nesse campo”.

“O G20 pode promover o desenvolvimento da ciência necessária para compreender o potencial dos recursos da biodiversidade e do clima para resolver gargalos tecnológicos. A bioeconomia pode impulsionar a reindustrialização em uma base mais verde, ou seja, oferecendo alternativas de baixo carbono que aproveitem os recursos da biodiversidade, agregando valor a toda a cadeia produtiva”, diz documento do grupo de trabalho ao qual a reportagem teve acesso.

A “Inovação aberta para uma Amazônia Sustentável” é um dos cinco tópicos prioritários sugeridos pelo Brasil para o G20. As outras prioridades apontadas pelo grupo tratam de cooperações tecnológicas para fortalecimento da cooperação “Norte-Sul” em ciência e tecnologia, para a descarbonização da economia, para garantir o acesso aos serviços de saúde e para combater as desigualdades na área da ciência.

A primeira reunião do grupo deve acontecer  em 7/2, em formato virtual. Os representantes se encontram presencialmente em 11/3, em Brasília.

Uma das ações práticas que o grupo vai entregar é o apoio dos membros do G20 à expansão da base de informações do Global Biodiversity Information Facility (GBIF), rede internacional de infraestrutura de dados financiada por vários governos, que tem o intuito de  fornecer acesso aberto a dados sobre todos os tipos de vida no planeta.

O documento também aponta para a necessidade de a comunidade internacional tornar as regras comerciais mais favoráveis aos setores verdes emergentes nas economias em desenvolvimento e reformar os direitos de propriedade intelectual que facilitam as transferências de tecnologia para esses países.