Uma iniciativa de monitoramento de satélite de pastagens busca formas de reduzir as emissões de metano enquanto se otimiza a alimentação do gado a céu aberto. Lançado na semana passada, o projeto “Time2Graze” tem a participação de mais de 35 países e, na América do Sul, será aplicado por produtores da Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai.
Segundo a Global Methane Hub, uma organização filantrópica internacional, com melhorias de 10% na digestibilidade dos alimentos é possível reduzir até 20% as emissões de metano. A novidade fica por conta da frequência da disponibilização das informações: passando de mensal para a cada cinco dias.
“Algo que os produtores e seus técnicos tinham que fazer caminhando pelo campo (…) para poder estimar a quantidade de pasto e a qualidade, agora vamos poder fazer de forma remota e com mais precisão e mais frequência do que antes”, disse Santiago Fariña, responsável sênior do Programa de Agricultura na Global Methane Hub.
Para o especialista, diante das mudanças climáticas, é vital para os produtores conhecer os efeitos que as chuvas e o calor extremo têm sobre a pastagem “quase em tempo real”.
O Time2Graze tem investimento de US$ 4,7 milhões (cerca de R$ 25,4 milhões).