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Perdas por eventos climáticos extremos somam US$ 16 mi por hora

Perdas por eventos climáticos extremos somam US$ 16 mi por horaEnchentes estão entre os eventos que causam danos. Foto: Agência Brasil

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Os danos causados por eventos climáticos extremos custaram cerca de US$ 16 milhões por hora entre 2000 e 2019. O cálculo é de um estudo publicado na Nature Communications, que considera perdas materiais – danos monetários diretos –, e as mortes geradas por esses desastres naturais, associadas ao conceito de Valor Estatístico de uma Vida (Value of a Statistical Life, VSL).

Assim, os pesquisadores descobriram que a maior parte dos custos de eventos extremos atribuíveis à crise climática é relacionada a perdas humanas. O gasto climático total no período analisado foi de US$ 143 bilhões por ano. E o equivalente a US$ 90 bilhões anuais, ou 63% do total, são custos humanos monetários estimados – além do custo humanitário que é a perda de vidas, destaca a Folha de S.Paulo.

Para chegar ao resultado, os especialistas se debruçaram sobre dados de 185 eventos climáticos disponibilizados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Primeiro, analisaram como as alterações climáticas contribuíram para os eventos meteorológicos ocorrerem. Depois, cruzaram as informações com dados econômicos divulgados pelo Conselho Internacional de Ciência e o Banco Mundial, detalham World Economic ForumGlobo Rural e Fox.

Os pesquisadores disseram que seus métodos poderiam ser usados ​​para calcular quanto financiamento seria necessário para o fundo de perdas e danos proposto na COP27, em 2022, cujo objetivo é bancar a recuperação de desastres climáticos extremos em países mais pobres. Poderia também determinar rapidamente o custo climático específico de catástrofes individuais, permitindo uma entrega mais rápida de fundos, explica o Guardian.

“O número principal é de 140 bilhões de dólares por ano. Em primeiro lugar, já é um grande número. Em segundo lugar, quando o comparamos com a quantificação padrão do custo das alterações climáticas (utilizando modelos informáticos), parece que essas quantificações estão subestimando o impacto das alterações climáticas”, disse o professor Ilan Noy, da Universidade Victoria, na Nova Zelândia, que realizou o estudo com a colega Rebecca Newman.