O Programa Mais Leite Saudável, do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), foi oficialmente reconhecido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) como referência mundial em práticas sustentáveis na pecuária de leite. A iniciativa brasileira é vista como um modelo de inclusão produtiva, sustentabilidade e inovação.
Criado em 2015, o programa alinha tecnologia, capacitação de produtores e investimentos público-privados, consolidando o “compromisso do Brasil com a transição ecológica no agronegócio”. Até o momento, a ação já beneficiou mais de 185 mil produtores em mais de 3 mil municípios do país.
O anúncio do reconhecimento ocorreu durante o World Food Forum (WFF), em Roma, evento que reúne líderes globais para debater segurança alimentar e desenvolvimento sustentável. Desde sua criação, o programa se provou uma “ferramenta eficiente para aumentar produtividade, a qualidade e a renda dos produtores rurais”.
Financiamento para baixo impacto ambiental
O Mais Leite Saudável permite que cooperativas e indústrias do setor utilizem créditos de PIS/Pasep e Cofins em projetos de assistência técnica, inovação e sustentabilidade. Isso o torna um dos principais mecanismos de financiamento da produção leiteira de baixo impacto ambiental no país.
Bruno Leite, coordenador-geral de Produção Animal do Mapa, afirmou que a iniciativa demonstra como a união de “recursos públicos e privados” pode garantir uma pecuária “economicamente viável e ambientalmente responsável”, servindo de inspiração para outras cadeias produtivas.
O reconhecimento da FAO destacou o Brasil como “exemplo global na integração entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental”, reforçando o valor de políticas públicas que promovem tecnologia, educação rural e sustentabilidade, com foco em pequenos e médios produtores.