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UE reduz limite de resíduos de agrotóxicos e medida vai afetar Brasil

UE reduz limite de resíduos de agrotóxicos e medida vai afetar BrasilAgrotóxicos aceleram o declínio das colônias de abelhas. Foto: Pexels

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Na quinta-feira, 2/2, a Comissão Europeia adotou regras que reduzem os limites autorizados para a presença residual em alimentos, inclusive importados, de dois neonicotinoides, agrotóxicos que aceleram o declínio das colônias de abelhas e cuja pulverização já é proibida na União Europeia (UE). O pesticida é amplamente utilizado no Brasil. As informações são da RFI.

Os limites serão aplicados não apenas a todos os alimentos produzidos no bloco como alimentos importados e ração animal. A medida será imposta aos produtos importados a partir de 2026, para dar tempo aos países terceiros para se adequarem às novas regras.

A União Europeia é criticada por ter proibido os neonicotinoides em seu território, mas continuar exportando para outros países. O Brasil é o principal destino de mais da metade dos registros de exportações desses agrotóxicos da UE, de acordo com registros da Agência Europeia das Substâncias Químicas.

Os neonicotinoides no Brasil

Surgidos na década de 1990, neonicotinoides como a clotianidina e o tiametoxam são amplamente usados no País em culturas de soja, fumo, algodão, arroz, feijão, trigo, abacaxi, entre outras, produtos que são exportados para os países da União Europeia.

Este tipo de pesticida foi o mais encontrado, em um levantamento feito em 2019, em frutas e verduras no Brasil, de acordo com o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos.

Ao eliminar abelhas, os neonicotinoides prejudicam também a produção das lavouras, uma vez que elas são os principais polinizadores da maioria dos ecossistemas, promovendo a reprodução de diversas espécies.