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Mundo vive 2º maio mais quente já registrado

Mundo vive 2º maio mais quente já registrado

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Com 2º julho mais quente, 2024 deve ter maior temperatura da história
Calor extremo e chuvas irregulares são destaque no clima de 2025

Maio foi o segundo mês mais quente já registrado no mundo, segundo o Observatório Europeu Copernicus . A temperatura média global ficou 1,4°C acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900), o que indica o avanço contínuo da crise climática. O recorde de temperatura ainda pertence a maio de 2024 (1,52°C).

No Brasil, embora algumas regiões tenham enfrentado ondas de frio em maio, as temperaturas continuaram acima da média. Esse padrão confirma que o País também sofre os efeitos do aquecimento global.

Um dos sinais mais alarmantes da crise climática foi o derretimento do gelo na Groenlândia, que aconteceu 17 vezes mais rápido que o habitual entre os dias 15 e 21 de maio. Segundo estudo do World Weather Attribution, as mudanças climáticas causadas pela ação humana foram decisivas para essa aceleração. O degelo pode aumentar o nível do mar e afetar diretamente 230 milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras ao redor do mundo.

Apesar de o mês de maio ter interrompido uma sequência de 21 meses seguidos com temperaturas acima de 1,5°C em relação ao período pré-industrial, os especialistas alertam que essa trégua é temporária. O aquecimento do planeta segue em curso, e limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C — como previsto no Acordo de Paris — é cada vez mais difícil.

“O mês passado talvez ofereça um breve alívio, mas espera-se que o limite de 1,5°C volte a ser superado em breve”, disse Carlo Buontempo, diretor do serviço europeu Copernicus de Mudanças Climáticas.

Oceanos

Nos oceanos, o cenário também é grave. A temperatura média da superfície marítima foi de 20,79°C — também a segunda mais alta da história para o mês. O aquecimento das águas está associado à intensificação de furacões, tempestades e à degradação de ecossistemas marinhos, além de prejudicar a pesca e a distribuição de nutrientes essenciais para a vida marinha.

As previsões indicam que, se nada for feito, os extremos climáticos devem se intensificar. As temperaturas continuam a subir em diversas partes do mundo, com alertas de calor extremo e ondas de seca prolongadas, afetando colheitas e abastecimento de água.

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