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Mapa garante mais crédito para recuperação de áreas queimadas

Mapa garante mais crédito para recuperação de áreas queimadasIniciativa faz parte do RenovAgro. Foto: Robson Santos/Semad

Ministro do STF determina medidas de combate às queimadas
Mato Grosso segue na liderança do ranking com mais focos de queimadas desde janeiro
Área queimada no Pantanal neste ano já é 54% maior que em 2020

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o governo federal está atuando para ajudar produtores afetados por incêndios e que assinaria ainda na segunda-feira, 23, medida de acesso à linha de crédito para recuperar áreas afetadas pelas recentes queimadas.

“Hoje vamos assinar contratos com alguns produtores de Ribeirão Preto, Sul de Minas, Mato Grosso e do Pantanal, afetados pelos incêndios, para que possam acessar essas mesmas linhas de crédito e recuperar suas áreas”, disse em participação na UBS Agriculture Investment Conference.

A iniciativa faz parte do Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro), que visa recuperar áreas degradadas, como pastagens, e aumentar a produtividade no setor agropecuário. O programa tem prazos de carência e juros competitivos, assegurou o ministro.

“Captamos US$ 1,3 bilhão para esse programa, o que equivale a cerca de R$ 7 bilhões adicionais”, disse.

Esses recursos, que serão somados ao que já estava previsto no Plano Safra, totalizando aproximadamente R$ 14 bilhões, segundo o ministro.

Segundo Fávaro, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Banco da Amazônia (Basa) são algumas instituições financeiras que vão adotar essa medida para antecipar valores e emprestar aos clientes. Antes, os recursos só seriam  liberados a partir de janeiro do ano que vem.

Ele explicou que o programa será apoiado por uma equalização das taxas de juros, com condições mais favoráveis aos produtores. “Essa nova equalização feita pelo Tesouro Nacional terá uma taxa de juros de 6,5% ao ano, com três anos de carência e dez anos para amortizar”, detalhou.

Fávaro também destacou a importância da preservação ambiental para o futuro da agropecuária brasileira e o impacto das mudanças climáticas no setor. Segundo ele, “as mudanças climáticas vieram para ficar” e têm causado eventos extremos no País, como secas e chuvas intensas.

“Veja o que estamos passando com os incêndios. Mas, há cinco meses, estávamos lidando com o excesso de chuvas”, exemplificou.

Para Fávaro, a preservação ambiental não pode ser desvinculada da produção agropecuária.

“A grande virada é o reconhecimento da importância da preservação ambiental para a estabilidade da produção de alimentos e energia”, afirmou o ministro, acrescentando que a preservação das florestas do Cerrado, por exemplo, “passa a ser uma questão de sobrevivência para essa atividade”.