HomeEconomia

Mercado mexicano amplia abertura para carne suína do Brasil

Mercado mexicano amplia abertura para carne suína do BrasilExportação da carne suína para o México será menos burocrática. Foto: Pexels

Viagem de Lula à China trará bons resultados para o agro, diz Fávaro
Tensão entre Rússia e Ucrânia pode afetar importação e exportação brasileiras
Brasil deve superar EUA e liderar exportação de milho em 2022/23

O Brasil poderá exportar a carne suína in natura, sem a necessidade de passar por processamento térmico em solo mexicano antes de chegar ao consumidor final. O México ampliou a abertura do seu mercado e, com isso, facilitou o processo e agregou valor ao produto brasileiro.

“É mais uma demonstração de que o humor do mundo mudou em relação ao Brasil”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, ao jornal Valor Econômico.

De acordo com ele, o México consome 1,5 milhão de toneladas de carne suína por ano, o que representa um potencial significativo para o segmento no Brasil.

No fim de 2022, o México informou a abertura do mercado para a importação de carne suína brasileira produzida no Estado de Santa Catarina, que tinha o status de livre de febre aftosa sem vacinação na época do pedido do Brasil de acesso ao país.

A carne enviada para aquele país, entretanto, precisava ser enviada para estabelecimentos auditados pelo serviço de inspeção oficial mexicano, cozida e enlatada para depois ser comercializada.

Na semana passada, as autoridades mexicanas anunciaram a retirada dessa exigência. Ao jornal, Fávaro informou que o Brasil, até então, não estava realizando embarques para o México por conta dessa obrigatoriedade.

Exportações em crescimento

O ministro contou que também assinou, na última semana, uma carta que será enviada às autoridades da União Europeia solicitando a retomada das negociações para a exportação de produtos brasileiros ao bloco, como carne de frango e ovos. O movimento é estratégico, para aproveitar o “bom humor” global com o Brasil e a sanidade da produção local, que segue atenta para evitar a entrada da gripe aviária no país.

“Estamos atentos, mas nosso maior risco já passou, que foi o período entre dezembro e janeiro, por causa do fluxo das aves migratórias. Intensificamos a vigilância e não tivemos nenhum caso. Isso faz com que apareçam novas oportunidades de mercado”, afirmou.

Ele lembrou que um dos mercados que voltaram a comprar ovos in natura do Brasil foi o Japão, quando uma grande empresa do segmento exportou mais de 100 contêineres para o país asiático.