O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) investiga um possível novo caso de gripe aviária H5N1 em uma pequena propriedade rural de Nova Brasilândia, a cerca de 220 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso.
A suspeita envolve uma criação de aves voltada à subsistência, típica da produção familiar. Equipes do serviço veterinário oficial já estiveram no local para coletar amostras e adotaram medidas de controle previstas no Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária. Além desse caso, outras cinco suspeitas estão em análise em diferentes estados.
Atualmente, o Brasil tem dois focos da doença confirmados: um em uma granja comercial em Montenegro (RS) e outro em um zoológico em Sapucaia do Sul (RS), onde cisnes foram encontrados mortos. Já as seis suspeitas em investigação incluem: três propriedades de produção comercial (em Ipumirim-SC, Aguiarnópolis-TO e Nova Brasilândia-MT) e três de criação para consumo próprio (em Triunfo-RS, Gracho Cardoso-SE e Salitre-CE).
O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. De acordo com a pasta, a população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.
O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas), avisa o ministério.
Goiás decreta situação de emergência
Com a confirmação do primeiro foco da doença em uma granja comercial, o Governo de Goiás decretou, no sábado (17), situação de emergência zoossanitária em todo o estado. A decisão foi publicada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e tem como objetivo reforçar as ações de vigilância e prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, a medida é estratégica para proteger a avicultura goiana, que ocupa a 4ª posição no ranking nacional e emprega mais de 240 mil pessoas. Até o momento, não há casos confirmados da gripe aviária em granjas comerciais ou familiares no estado.
“Essa é uma medida estratégica e necessária. Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, destacou Ramos.
A emergência zoossanitária em Goiás tem validade de 180 dias e segue as diretrizes da portaria nacional, que prorrogou, em abril, a situação de emergência em todo o Brasil por mais 180 dias. Durante esse período, o estado poderá atuar em parceria com o setor privado para ampliar as ações de controle sanitário.