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Feijão guandu consorciado em pastagem reduz emissão de metano em até 70%

Feijão guandu consorciado em pastagem reduz emissão de metano em até 70%Plantação consorciada aumenta produtividade e reduz emissões de metano. Foto: Embrapa

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Os esforços para reduzir a emissão de gás metano ganharam um grande aliado: o feijão guandu. Pesquisadores da Embrapa descobriram que o uso eficiente da leguminosa BRS Mandarim consorciada com os capins Marandu e Basilisk  não apenas aumentou o peso dos animais, como emitiu menos metano por quilo obtido.

A emissão diária do gás por quilo de ganho de peso foi de 614,05 gramas no pasto consorciado, cerca de 70% a menos do que no degradado, com 2.022,67 gramas.

A produtividade também foi melhor no tratamento consorciado com guandu – os animais ganharam 478 gramas por dia, enquanto no degradado, 302 gramas por dia de média de ganho de peso anual. Um aumento de 58% em relação ao pasto degradado.

De acordo com Alexandre Berndt,  chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), que chefiou os estudos, qualquer tecnologia que reduza metano, com baixo custo, e que contribua para a eficiência do sistema de produção e para a sustentabilidade é desejável e deveria ser adotada.

O experimento, que ocorreu de julho de 2020 a julho de 2021, aliou consórcio forrageiro e recuperação de pastagens.

Para a pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira, da Embrapa, a recuperação de pastagens a partir da inserção de leguminosas é uma solução muito procurada no meio técnico-científico, um desafio de várias décadas, pois por meio da fixação biológica de nitrogênio, a leguminosa fornece esse nutriente tanto para alimentação dos animais quanto para melhoria do solo.

“Em tempos de escassez e preços elevados dos fertilizantes nitrogenados e dos suplementos minerais proteicos, além de preocupações com as emissões de metano entérico, esse tipo de tecnologia se reveste de mais relevância ainda”, completa.

Segundo Berndt, o metano é um gás de vida curta.

“Se conseguirmos reduzir a emissão do metano, o impacto sobre o aquecimento global será mais rápido. Ele tem uma vida de 10 a 20 anos, enquanto o dióxido de carbono – CO2, 100 anos”, explica.

Fonte: Embrapa