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Mato Grosso do Sul quer se tornar o 1º Estado carbono neutro do país

Mato Grosso do Sul quer se tornar o 1º Estado carbono neutro do paísO premiado projeto Ilumina Pantanal no rol sustentável do MS. Foto: Chico Ribeiro

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Mato Grosso do Sul transformou a meta de ser carbono neutro até o ano de 2030 em política pública. A Lei Estadual n° 4.555, de 15 de julho de 2014 instituiu a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) e o Plano Estadual MS Carbono Neutro – Proclima.

O plano estabelece um conjunto de ações e medidas de responsabilidade do poder público, das atividades econômicas e da sociedade em geral para que, no âmbito do Estado, as emissões de gases de efeito estufa sejam neutralizadas a partir de 2030, antecipando assim, em 20 anos, a meta de 2050, estabelecida no Acordo de Paris.

As medidas seguem os eixos temáticos:

  • Agronegócio: com ações concentradas no efetivo manejo dos solos, na redução dos níveis de fermentação entérica, no manejo de dejetos suínos e no controle da queima de resíduos agrícolas;
  • Mudança no Uso da Terra e Florestas: com a adoção de medidas para a devida restauração de APPS (Áreas de Preservação Permanente) e Reservas Legais, à redução dos incêndios em áreas nativas e florestas plantadas, à redução do desmatamento legal ou ilegal, e ao investimento em Floresta Plantada;
  • Energia: com a redução das emissões geradas pela queima de combustíveis e ao apoio à produção de energia renovável;
  • Tratamento de Resíduos: com ações destinadas à promoção de programas de controle de efluentes líquidos e sólidos
  • Processos Industriais: referente ao estímulo a programas de eficiência energética e incentivo à utilização de energias renováveis nos processos de produção industriais.

Desde 2016

Há sete anos, o governo estadual impulsionou uma série de ações para atingir a meta de tornar-se um Estado Carbono Neutro, adotando o lema como uma política estratégica de desenvolvimento. A partir de então, as práticas sustentáveis passaram a ser condicionantes em todos os programas públicos de fomento às atividades econômicas.

  • Por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o governo aprimorou a lei de incentivos fiscais às principais atividades econômicas, condicionando sua concessão à adoção de modelos produtivos com menor impacto de carbono.
  • Pelo programa Prosolo, cerca de 1 milhão de hectares de pastagens degradadas foram convertidos em áreas agrícolas produtivas, dando solução a um passivo ambiental e econômico.
  • O Estado priorizou  linhas de crédito para a implantação de projetos de agricultura de baixo carbono e de sistemas de ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta).
  •  Intensificadas as ações de fiscalização do  Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e da Polícia Militar Ambiental (PMA) no combate ao desmatamento ilegal.
  • Para fomentar a economia sustentável rumo ao carbono neutro, também foram adotadas políticas de valorização dos ativos ambientais, implementada a análise dinamizada do CAR, estimulados os projetos de REDD+, PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) e mercado de carbono.
  • Em termos de energia limpa, Mato Grosso do Sul é autossuficiente e 82% de sua base energética provém de fontes limpas e renováveis, tendo como carro-chefe a biomassa das usinas de álcool e do setor florestal, além da energia solar fotovoltaica.

Fonte: Agência de Notícias MS