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Evento extremo vai se transformar no normal

Evento extremo vai se transformar no normalMinistra falou sobre intensificar enfrentamento Às mudanças do clima. Foto: Agência Brasil

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, deu entrevista ao programa A Voz do Brasil desta quinta-feira,16/5, e disse que o País possui 1.942 municípios suscetíveis à mudança do clima e seus efeitos, que serão cada vez mais frequentes e intensos.

“Provavelmente, aquilo que era evento extremo vai se transformar no normal e os novos eventos extremos nós nem sabemos ainda quais são”, alertou.

Os temporais no Rio Grande do Sul atingem 449 municípios e já deixam mais de 76 mil pessoas em abrigos, 538 mil desalojados e 2,1 milhões de pessoas afetadas. Diante deste cenário, o governo federal está elaborando um plano para o enfrentamento do risco climático intenso. A ministra disse que trata-se de uma agenda de adaptação e de preparação para que esses municípios – suscetíveis a esses eventos climáticos extremos – tenham cada vez menos consequências.

“Nesse momento, essa base de 1.942 municípios está focada muito mais em chuvas e deslizamentos, esses eventos associados a grandes precipitações de chuva. Nós ainda não temos o que significa isso em relação à seca. O evento extremo também apresenta efeito secundários, como por exemplo, a questão do fogo. Nós vamos ter esse ano de 2024 uma situação que é propensa a incêndios jamais vistos na história do nosso país. Então é preciso que a gente trabalhe cada vez mais com todos os esforços para diminuir o dano, para diminuir as consequências, porque o evento extremo de grande estiagem no Pantanal, na Amazônia já está contratado, infelizmente”, pontuou a Marina.

Plano de Transformação Ecológica

Marina Silva falou sobre a importância da redução do desmatamento para reverter o cenário atual. A ministra citou o Plano de Transformação Ecológica, lançado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28).

O plano tem o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social sustentável e repensar a globalização com base em seis eixos: finanças sustentáveis, economia circular, adensamento tecnológico, bioeconomia, transição energética e infraestrutura resiliente.

“É preciso fazer uma transição. E a gente pode ser um país próspero, ter vida digna se formos capazes de fazer o dever de casa. Não dá mais para imaginar que vamos usar a natureza do mesmo jeito que usamos antes. Evitar novas emissões (de CO2), nos adaptar e transformar o modelo de desenvolvimento. O dever de casa não é só do Brasil, é do mundo inteiro”, concluiu.

Acesse aqui a entrevista.

Fonte: Agência Gov