Mesmo que o El Niño perca sua força nos próximos meses, os meteorologistas prevem que ele será sentido até abri, quando as temperaturas do Oceano Pacífico devem voltar à normalidade. As informações são do G1.
Com uma alta na temperatura das águas que chegou a superar os 2°C, o fenômeno climático é o mais forte dos últimos anos. Especialistas chegaram a considerá-lo Super El Niño pela sua intensidade e extensão.
“Esse El Niño, além de ter sido o mais forte desde 2015-2016, chamou atenção por seu comportamento. Houve uma expansão da faixa de aquecimento do Pacífico para outras áreas que não costumavam ficar tão aquecidas em fenômenos anteriores”, disse Vinícius Lucyrio, climatologista da Climatempo.
As anomalias estão sendo sentidas desde junho do ano passado e o El Niño teve teve seu pico entre dezembro e janeiro de 2024. No período foram registrados os maiores níveis de aquecimento do Oceano Pacífico.
Mesmo depois do pico, os meteorologistas revelam que o aquecimento das águas ainda está bem evidente nas estimativas por satélite e mostram forte intensidade.
O relatório mais atual da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) aponta que o El Niño 3.4 segue com um aquecimento de 1,8°C. Apesar de estar um pouco abaixo do pico registrado, o valor é considerado alto.
No Brasil
Segundo o meteorologista Vinícius Lucyrio, as consequências no Brasil passam temperaturas acima do normal em todo o País, chuvas abaixo da média na região amazônica e chuvas irregulares no Nordeste.
“É bem provável que ao longo do outono a gente ainda perceba os efeitos do El Niño em nível nacional”, conclui.