Para enfrentar desastres provocados por chuvas intensas, seca, estiagem e incêndios florestais, o governo de Mato Grosso do Sul aprovou dois planos de contingência, esta semana.
Os planos estabelecem protocolos de resposta rápida em situações de emergência, com base na abordagem de Saúde Única — que considera a saúde humana, animal e ambiental de forma integrada.
A importância dessa estratégia, de acordo com a coordenadora de Saúde Única da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Danila Frias, está na abordagem que fortalece a atuação intersetorial, antecipa riscos e amplia a capacidade de resposta diante de emergências como enchentes, incêndios e surtos de doenças.
“Com planejamento, conseguimos agir de forma mais rápida, coordenada e eficaz, preservando vidas e reduzindo impactos”, explica Danila.
O Programa Vigidesastres, do Ministério da Saúde, prioriza a prevenção. Segundo Paula Cannazzaro, gerente do Programa, a atuação é na vigilância e redução do impacto dos desastres na saúde da população.
“Nosso foco é antecipar e mitigar riscos, seja em períodos de intensas chuvas, com doenças como leptospirose, ou em épocas de estiagem e incêndios florestais, que podem agravar doenças respiratórias e de pele”, afirma.
Os planos preveem ações para duas situações: emergência e crise, adaptadas conforme o tipo de desastre.
No caso de chuvas intensas, entre as medidas estão: criação do Comitê de Operação de Emergência (COE) específico, notificação de desastres aos sistemas nacionais de vigilância, ações de saúde em abrigos, reforço da vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, e verificação da qualidade da água e solicitação de kits de medicamentos ao Ministério da Saúde.
Quando o cenário evolui para crise, há ações adicionais como: apoio à reabilitação de unidades de saúde danificadas, emissão de boletins informativos diários, monitoramento contínuo de doenças como leptospirose, e suporte psicológico a vítimas e profissionais de saúde.
Já o plano para seca, estiagem e incêndios florestais tem como prioridade o acesso à água potável, o controle de doenças respiratórias e o apoio às populações afetadas. Entre as ações estão: ativação do COE específico para seca e incêndios, monitoramento da qualidade da água, apoio aos municípios na gestão de recursos de saúde, emissão de boletins de situação em saúde pública, e envio de materiais e medicamentos adicionais, quando necessário, quando necessário.
As resoluções que criam os planos estão publicadas no Diário Oficial de 22/7/25, e foram elaboradas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Coordenadoria de Saúde Única e da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica.
Leia os planos de contingência completos:
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. Para as ações em caso de seca e incêndios, clique aqui
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