HomeEcologia

Onda de calor “assa” o Centro-Oeste e Cuiabá registra recorde em 112 anos

Onda de calor “assa” o Centro-Oeste e Cuiabá registra recorde em 112 anosNa semana passada, a capital de Mato Grosso ferveu com tanto calor. Foto: Prefeitura de Cuiabá

Nova onda de calor deve afetar sete estados brasileiros
Amazônia tem pior agosto de queimadas dos últimos 12 anos
Terceira onda de calor do ano deve durar até a próxima semana

A temperatura passou dos 40°C em muitos pontos da região, com o pior do calor concentrado no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.

O alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitido na sexta-feira, 20/10, indicando uma onda de calor na Região Centro-Oeste se cumpriu. De acordo com o aviso, a temperatura poderia ficar até 5°C acima da média, uma situação de “grande perigo”, segundo o Inmet. O fenômeno deveria durar até hoje, 23/10.

Já na quinta-feira, 19/10, com 44,2°C, Cuiabá, no Mato Grosso, entrou para a lista das 10 maiores temperaturas já registradas oficialmente no Brasil pelo Inmet, informam Globo Rural e Climatempo. Segundo o g1, a última vez que a capital mato-grossense teve recorde histórico de calor foi em 1911, há 112 anos.

Ainda no Mato Grosso, estações automáticas do instituto indicaram na tarde de sábado (21/10) máximas de 42,4°C em Rondonópolis e 41,0°C em São José do Xingu, relata o MetSul. Já no Mato Grosso do Sul, as máximas atingiram 41,3°C em Nhumirim; 41,0°C em Miranda; 40,7°C em Porto Murtinho; e 40,2°C em Corumbá. Goiás registrou 40,5°C em Porangatu e 40,4°C em Aragarças.

O Inmet também alertou que o calor extremo poderia atingir áreas da região amazônica, segundo a Revista Cenarium Amazônia. Na Região Norte, altas temperaturas poderiam ser registradas em partes do Pará, Rondônia e Tocantins. Áreas amazônicas também poderiam registrar mais de 40°C.

No Centro-Oeste, é a segunda onda de calor extremo a atingir a região em 2023. Por isso, além dos eventos sazonais e do El Niño, especialistas creditam as altas temperaturas à crise climática, destaca a Folha.

“Duas ondas de calor extremo em um mesmo ano realmente chamam a atenção. E pegando ainda áreas de repetição”, aponta Estael Sias, meteorologista e sócia-diretora da MetSul.