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Produtores de MT preocupados em perder a janela de plantio da safrinha

Produtores de MT preocupados em perder a janela de plantio da safrinhaO atraso do plantio de soja pode prejudicar o milho. Foto: Wikimedia Commons

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O atraso no plantio da soja em Mato Grosso pode afetar a semeadura do milho de segunda safra e comprometer a produção do Estado, segundo um corretor local. Ele disse que a situação é preocupante na região de Primavera do Leste (MT).

“O plantio do milho é seguro se a soja for colhida até 20 de fevereiro. Aqui há produtores que vão plantar ou replantar a soja na próxima semana. Isso vai acabar afetando a semeadura do milho, disse.

Mais cedo, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) disse que as altas temperaturas dos últimos dias estão prejudicando o plantio da oleaginosa, autorizado no Estado desde o dia 16.

Segundo a associação, alguns produtores precisarão fazer replantio, pois o calor comprometeu o desenvolvimento inicial das lavouras.

“Isso tem desestimulado o produtor, pois em muitas regiões o custo torna o milho inviável, então preocupa muito mais”, disse na nota o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.

Segundo o corretor, mesmo que os produtores já estivessem plantando, o prazo para a semeadura do milho já estaria comprometido. Em uma situação ideal, até o fim de outubro os produtores têm cerca de 80% da soja semeada. Neste momento, segundo o operador de Primavera do Leste, nem 20% da área foi plantada.

A relação de troca do milho de segunda safra já não vinha compensando nos últimos anos, o que fez com que muitos produtores deixassem de adquirir insumos para o plantio da próxima safrinha.

“Agora, com o atraso na soja, o produtor vai ter uma janela muito curta para a semeadura em fevereiro e pode ter problemas com os insumos. Se o produtor perder a janela e tiver que plantar em março, ele vai partir para outras culturas como feijão, sorgo ou milheto”, disse o operador.

Até a última sexta-feira, 13, a semeadura da soja havia alcançado 35,09% da área prevista, contra 41,35% na temporada anterior, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Fonte: Estadão Conteúdo