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Garimpo ilegal é fechado em MT e 19 pessoas são presas

Garimpo ilegal é fechado em MT e 19 pessoas são presasGarimpo funcionava em área de preservação. Foto: Polícia Militar

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Um garimpo ilegal foi fechado na última terça-feira, 13/5, na zona rural de Aripuanã, a cerca de 1.000 km de Cuiabá (MT). A operação, conduzida por equipes da Polícia Militar Ambiental, Força Tática e Rotam, resultou na prisão de 19 pessoas por crime ambiental.

Segundo a polícia, o garimpo funcionava sem autorização em uma área de preservação permanente e causou grande degradação ambiental. No momento da abordagem, o garimpo estava em plena operação com motores estacionários (motor cuja estrutura não se move) realizando a extração de minérios. A ação foi desencadeada após denúncias repassadas ao setor de inteligência.

Além das prisões, as forças de segurança apreenderam nove motores estacionários, duas motosserras, sete motocicletas e um revólver calibre 38 com seis munições. Nenhum dos envolvidos assumiu a posse da arma. Todo o material foi encaminhado, junto aos suspeitos, para a delegacia de Aripuanã, onde o caso será investigado.

Prática ilegal cresce em áreas protegidas

Embora ações como a de Aripuanã sejam importantes para coibir crimes ambientais, o garimpo ilegal ainda avança em áreas protegidas do país. Um relatório do Greenpeace, divulgado em abril de 2025, mostrou que a Terra Indígena Sararé, também localizada em Mato Grosso, foi a mais afetada por essa atividade em 2024 — com aumento de 93% na área destruída em comparação a 2023.

O estudo revela que, mesmo com queda do garimpo em outras terras indígenas monitoradas (Yanomami, Kayapó e Munduruku), o avanço na Sararé puxou um crescimento geral de quase 8% nas áreas destruídas.

Segundo o relatório, a atividade ilegal tem se tornado cada vez mais estruturada, com uso de maquinário pesado e envolvimento do crime organizado. Um dos maiores riscos ambientais é o uso de mercúrio, substância tóxica que contamina rios, animais e populações locais.

Ações integradas de fiscalização, destruição de equipamentos utilizados em atividades ilegais e mudanças na legislação são medidas importantes para combater a prática.