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Mato Grosso responde por um quarto do ouro ilegal do Brasil

Mato Grosso responde por um quarto do ouro ilegal do Brasil

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Mais uma triste notícia para o nosso querido Estado: um quarto do ouro ilegal do Brasil sai do Mato Grosso. Gigante do agronegócio, mas que volta e meia vê sua imagem maculada pela ilegalidade. De acordo com uma pesquisa do Instituto Escolhas, divulgado na quinta-feira, 10/2, nosso Estado apresenta áreas protegidas, onde a extração de ouro e de outros minérios é proibida, mas que são exploradas ilegalmente. Conforme apontado pelo G1, a pesquisa analisou mais de 40 mil registros de comercialização de ouro e imagens de extração entre 2015 e 2020.

Nossas terras ainda carecem de maior fiscalização e impunidade sobre iniciativas privadas. Segundo o mesmo estudo, apenas quatro empresas são responsáveis por toda a compra de ouro de garimpo na Amazônia e 87% dessas operações são duvidosas. Três dessas empresas, inclusive, já foram alvo de ações judiciais do Ministério Público Federal. Nos cinco anos analisados, as quatro juntas comercializaram 90 toneladas de ouro, mas 55,5% desse número não possuem informações sobre títulos de origem.

“Há também 13,5 toneladas que vieram de 352 títulos sem indícios de extração ocorrendo, ou seja, títulos que podem ser considerados fantasmas”, aponta a matéria do G1.

O instituto destaca ainda que 14 toneladas foram compradas de 167 títulos com indícios de extração para além dos limites geográficos autorizados e 1,5 tonelada veio de quatro títulos sobrepostos a Unidades de Conservação, local onde a atividade não é permitida.

Dentre as medidas de combate apontadas pela pesquisa, está a adoção de um sistema de rastreabilidade, a extinção do excesso de benefícios oferecidos ao garimpo, a alocação de recursos para a fiscalização da extração e do comércio de ouro, além de ser necessário também acabar com as operações em Terras Indígenas e Unidades de Conservação.

“As regras do setor mineral precisam ser alteradas, para acabar com as transações feitas na base da boa-fé e os benefícios dados aos garimpos. Isso pode ajudar nos controles da fiscalização”, conclui o portal de notícias.

Fonte: G1 Mato Grosso