Nesta quarta-feira, 21/2, auditores fiscais federais agropecuários deflagraram uma operação em todos os frigoríficos brasileiros registrados no Sistema de Inspeção Federal (SIF). A ação poderá atrasar a produção das unidades. Os trabalhos de abate só serão iniciados após a verificação dos procedimentos padrão de higiene operacional (PPHO) em mais de 400 plantas fiscalizadas pelos servidores em todo o país. As informações são do Globo Rural.
De acordo com o site, a ação de intensificação coordenada dos controles em todas as unidades com SIF é inédita no país e faz parte da mobilização da categoria por melhorias salariais e reestruturação da carreira. O intuito é chamar a atenção da iniciativa privada para o problema da categoria e aumentar a pressão sobre o governo federal para atendimento das demandas.
A checagem do PPHO é feita periodicamente, a cada 15 dias, nos frigoríficos fiscalizados pelo SIF. No entanto, as unidades são avisadas com antecedência e podem se preparar para a inspeção, explicou um auditor. Mesmo com o descontentamento da agroindústria, a operação é completamente legal, pois se trata do cumprimento exclusivo de regulamentos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura. Portanto, não é possível impedir a execução.
De acordo com os auditores, a inspeção é rápida e dura em torno de meia hora. Caso não sejam apontadas pendências, os abates podem começar imediatamente. Há situações, no entanto, que as inconformidades levam horas para serem corrigidas, o que compromete até meio dia de trabalho nas unidades.
Reivindicações
A ação coordenada dos auditores nos abatedouros fiscalizados pelo SIF no Brasil foi definida após assembleia do sindicato nacional da categoria (Anffa Sindical) na terça-feira,20/2. Na ocasião, 98% dos servidores rejeitaram a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) de reajuste salarial e reestruturação da carreira.
Ainda nesta quarta-feira, a categoria deve ser recebida pelo ministro Carlos Fávaro (Mapa). Uma das reivindicações é para que a próxima reunião com o MGI, agendada para 29 de fevereiro, ocorra no gabinete dele, como forma de fortalecer as demandas dos auditores.