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Setor aquecido faz do Brasil segundo maior exportador de algodão

Setor aquecido faz do Brasil segundo maior exportador de algodão

Cerca de 95% da safra 2020/21 de algodão foi beneficiada, diz Abrapa
Algodão brasileiro está de olho no mercado do Irã
Beneficiamento de algodão da safra 20/21 atinge 81% da produção, afirma Abrapa

O setor de algodão no Brasil está animado com o volume de exportações da safra 2020/21, que registrou aumento de 23% (2,4 milhões de toneladas) em relação ao ciclo anterior. É sempre bom lembrar que nosso Mato Grosso é o maior produtor da pluma no Brasil.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, afirmou ao “Canal do Boi” que o Brasil duplicou a produção do produto nos últimos quatro anos. “Os produtores conseguiram um feito. Dobramos a produção em quatro anos. Isso nos tornou o quarto maior produtor mundial de algodão e o segundo maior exportador”, comemorou.

O principal destino da fibra brasileira foi a China, responsável por 30% do total exportado (720,7 mil toneladas adquiridas), superando, inclusive, a demanda no Brasil, que é de 700 mil toneladas.

Na sequência vêm o Vietnã (17%) e Paquistão (12%) seguidos por Turquia (12%), Bangladesh (11%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%), Tailândia e Índia (1% e 0,4%). Ou seja, 99% das exportações foram direcionadas à Ásia.

De acordo com Busato, o Brasil foi responsável por 24% do mercado mundial de algodão no ano passado, “e queremos participar ainda mais”.

Por isso, a Abrapa abriu um escritório na Ásia. “Nós fizemos recentemente 18 reuniões com representantes da indústria têxtil de 9 países da Ásia, totalizando 2.035 participantes”, lembra.

O potencial do Brasil no setor “é muito grande, nós só utilizamos 8% do nosso território para produzir tudo que produzimos de grão e fibra”, acrescentou o produtor.

Segundo a Abrapa, após a temporada 2020/21 despencar 7%, a entidade projeta uma recuperação de 3% na produção mundial de algodão, totalizando 25 milhões de toneladas. O volume, no entanto, é inferior ao consumo global, que deve chegar a 25,77 milhões de toneladas.

Fonte: Abrapa