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Setor aquecido faz do Brasil segundo maior exportador de algodão

Setor aquecido faz do Brasil segundo maior exportador de algodão

Algodão sustentável faz de Mato Grosso referência mundial
Plantio de algodão da safra 2021/22 atinge 35% da área estimada, diz Abrapa
Cerca de 95% da safra 2020/21 de algodão foi beneficiada, diz Abrapa

O setor de algodão no Brasil está animado com o volume de exportações da safra 2020/21, que registrou aumento de 23% (2,4 milhões de toneladas) em relação ao ciclo anterior. É sempre bom lembrar que nosso Mato Grosso é o maior produtor da pluma no Brasil.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, afirmou ao “Canal do Boi” que o Brasil duplicou a produção do produto nos últimos quatro anos. “Os produtores conseguiram um feito. Dobramos a produção em quatro anos. Isso nos tornou o quarto maior produtor mundial de algodão e o segundo maior exportador”, comemorou.

O principal destino da fibra brasileira foi a China, responsável por 30% do total exportado (720,7 mil toneladas adquiridas), superando, inclusive, a demanda no Brasil, que é de 700 mil toneladas.

Na sequência vêm o Vietnã (17%) e Paquistão (12%) seguidos por Turquia (12%), Bangladesh (11%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%), Tailândia e Índia (1% e 0,4%). Ou seja, 99% das exportações foram direcionadas à Ásia.

De acordo com Busato, o Brasil foi responsável por 24% do mercado mundial de algodão no ano passado, “e queremos participar ainda mais”.

Por isso, a Abrapa abriu um escritório na Ásia. “Nós fizemos recentemente 18 reuniões com representantes da indústria têxtil de 9 países da Ásia, totalizando 2.035 participantes”, lembra.

O potencial do Brasil no setor “é muito grande, nós só utilizamos 8% do nosso território para produzir tudo que produzimos de grão e fibra”, acrescentou o produtor.

Segundo a Abrapa, após a temporada 2020/21 despencar 7%, a entidade projeta uma recuperação de 3% na produção mundial de algodão, totalizando 25 milhões de toneladas. O volume, no entanto, é inferior ao consumo global, que deve chegar a 25,77 milhões de toneladas.

Fonte: Abrapa