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Produtor rural tem papel fundamental no controle da febre aftosa

Produtor rural tem papel fundamental no controle da febre aftosaProdutor pode ser multado caso não informe ao órgão. Foto: Embrapa

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Os produtores rurais do País são os atores principais neste novo momento da retirada da vacina contra a febre aftosa. Dos quatro pilares para evitar a doença: vacinação, vigilância, mitigação de riscos e emergência, a vacinação vai sair de cena e as demais terão que ser fortalecidas.

“Apenas 2% das propriedades rurais são fiscalizadas semestralmente pelo Ministério. No caso dos Estados, são em torno de 4% das propriedades. Quem está no dia a dia são os produtores rurais, eles são os protagonistas em detectar se há ou não foco de aftosa no país, com a retirada da vacina”, disse, durante a 7ª Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária, em Belo Horizonte (MG), o fiscal do Ministério da Agricultura (Mapa), Diego Viali dos Santos, no painel sobre o processo de preparação do país para a retirada da vacina.

Consciente disso, a Coordenadoria de Sanidade Animal (CDSA), do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), já abriu algumas frentes de trabalho para atuar juntos aos produtores. Estão previstas desde campanhas de comunicação, confecção de livro com metodologias para que se possa notificar suspeitas da doença até simulados para atendimento de emergências, segundo coordenador da CDSA, Felipe Peixoto.

Ele também destaca a importância do Fundo Emergencial de Sanidade Animal (FESA) neste processo.

“Ele dá sustentabilidade ao processo, porque 50% do total arrecadado vai para a indenização do produtor. Se tiver foco de aftosa, ele tem este recurso para indenizar em caso de prejuízo. O FESA é um dos mais fortes do Brasil”.

Santos afirmou que a economia do produtor, sem a vacinação, é estimada em R$ 150 milhões no País. Em Mato Grosso, será em torno de R$ 72 milhões por ano, por ter o maior rebanho bovino nacional, em torno de 32 milhões de cabeças.

Conforme o Mapa, a previsão é de que, em 2025, todo o continente americano seja zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Prazo termina dia 10

Por falar nisso, termina em 10 de junho o prazo para que os produtores comuniquem ao Indea-MT que já imunizaram os bovinos e bubalinos de até 24 meses contra a febre aftosa, como parte da primeira etapa da campanha de vacinação para a erradicação da doença.

O produtor pode ser multado caso não informe ao órgão de defesa agropecuária. Essa comunicação deve ser feita via módulo do produtor, no site do Indea.

Os produtores que ainda não fazem uso da plataforma podem se cadastrar em uma unidade do Indea para poder utilizar do serviço online. Já aqueles que se utilizam, mas ainda têm dúvidas, podem entrar em contato com as unidades do Indea dos seus respectivos municípios por telefone.

Próxima etapa da vacinação é em novembro.