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Instituto Escolhas propõe sistema para rastrear ouro brasileiro

Instituto Escolhas propõe sistema para rastrear ouro brasileiroQuase metade do ouro produzido aqui não tem sua origem comprovada. Foto: PF

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Uma proposta de rastreabilidade para a cadeia do ouro foi apresentada nesta quarta-feira, 15/6, pelo Instituto Escolhas no estudo Blockchain, rastreabilidade e monitoramento para o ouro brasileiro O objetivo da proposta é otimizar as ações de fiscalização e frear o comércio ilegal do minério no país, aumentando a transparência em todo o setor.

O sistema se apoia sobre tecnologias de ponta para transformar o cenário da produção e comercialização de ouro no Brasil.

“É possível, sim, rastrear a origem do ouro. Já existem tecnologias para isso, precisamos agora adotar os processos. E muita coisa pode mudar. Poderemos combater a derrubada da floresta, a poluição dos rios e a violação recorrente dos direitos indígenas, que são as populações mais diretamente atingidas pela exploração e o comércio de ouro ilegal”, explica Larissa Rodrigues, gerente de portfólio do Escolhas e coordenadora do projeto que deu origem à proposta.

Anualmente, quase metade da produção brasileira de ouro não tem sua origem comprovada, de acordo com o instituto.

Como é a proposta?

O sistema de rastreabilidade e monitoramento do ouro usa a tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology), que funciona como um banco de dados no qual as informações inseridas são registradas em bases de compartilhamento (blockchain).

Uma outra inovação trazida pela proposta é a marcação física do ouro com isótopos de prata logo após a extração do metal. Essa marcação cria uma espécie de código de barras molecular, que se mantém mesmo após o refino, e já é utilizada em outros países.

No sistema proposto, as medidas seriam implementadas em todas as fases do processo, na extração, transporte e venda do ouro, e os dados registrados no sistema, cuja implementação e gestão caberia à Agência Nacional de Mineração (ANM).

Outras instituições como o Banco Central e a Receita Federal e órgãos – a exemplo da Funai, o ICMBio e o Inpe – também teriam suas bases de dados conectadas ao sistema.

O sistema lança mão de estruturas e agentes que já estão estabelecidos, o que facilita a sua implementação pelo poder público.

Para acessar o estudo, clique em  Blockchain, rastreabilidade e monitoramento para o ouro brasileiro

Fonte: Instituto Escolhas