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Amazônia responde por 91% da área queimada no Brasil em janeiro

Amazônia responde por 91% da área queimada no Brasil em janeiroJaneiro de 2024 teve aumento de 248% em relação a janeiro de 2023. Foto: Agência Brasil

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Por André Garcia

A Amazônia foi o bioma que mais queimou no Brasil em janeiro de 2024, concentrando 941 hectares (91%) do total de 1.029.808 hectares atingidos pelo fogo, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 27/2, pelo Monitor do Fogo, plataforma do MapBiomas, que monitora a extensão territorial afetada por queimadas.

Os números na Amazônia foram puxados pelas queimadas que afetaram o extremo norte da região nesse período, o que se traduzem um aumento de 266% em relação ao mês anterior. O segundo bioma mais atingido no País foi o Pantanal, com 40.626 hectares, seguido pelo Cerrado, com 31.971 hectares.

Considerando todo o território do Brasil, enquanto janeiro de 2023 apresentou um recuo em relação a 2022, o primeiro mês de 2024 traz aumento de 248% em relação ao ano passado. Foram 287 mil hectares queimados em janeiro de 2023 contra 1,03 milhão de hectares em janeiro de 2024.

Crédito: MapBiomas

Os três estados com maior área queimada em janeiro ficam na Amazônia: Roraima – 413.170 hectares atingidos pelo fogo – expansão de250% em relação a janeiro de 2023; Pará – 314.601 hectares queimados; e o Amazonas – 95.356 hectares. Roraima representou 40% do total queimado no País em janeiro e o Pará, 30%.

No Centro Oeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul aparecem na lista dos 10 estados que mais queimaram, ocupando a quinta e a sexta colocação com 53.183 e 30.083 mil hectares atingidos, respectivamente.

Vegetação

Formações campestres, pastagens e florestas foram os tipos de vegetação mais consumidos pelo fogo em todo o País. Enquanto em Roraima 95% da área queimada situam-se em formação campestre, no Pará 41% ficam em floresta e 49% em pastagem.

“É normal que a Amazônia lidere em disparada a área queimada no início do ano por conta da estação seca de Roraima acontecer justamente nesse período. Entretanto, esse ano houve o agravante da seca extrema, que retardou e diminuiu a quantidade de chuva, deixando a região ainda mais inflamável”, explica a coordenadora do MapBiomas Fogo e diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – Ipam, Ane Alencar

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