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BNDES deve liberar R$318 mi contra desmatamento para a Amazônia

BNDES deve liberar R$318 mi contra desmatamento para a AmazôniaExpectativa da PF é que verba seja investida em ações. Foto: Polícia Federal

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que faz a gestão do Fundo Amazônia, deve liberar nos próximos dias uma primeira parcela de R$ 318 milhões para ações de segurança e defesa da floresta contra o desmatamento. As informações do diretor da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, delegado Humberto Freire foram divulgadas pela agência Reuters.

Freire explicou que o dinheiro será investido em um conjunto de ações como a implementação de bases para fazer enfrentamento a crimes ambientais, o fortalecimento da atuação da Aeronáutica, com uma base de helicópteros e locação dessas aeronaves, além de outras ações policiais, a exemplo do aumento de viaturas.

“Sem estarmos todos no mesmo propósito, integrados, compartilhando informações e inteligência e atuando na mesma direção de fortalecimento no combate aos crimes ambientais, a gente não avança”, afirmou o delegado.

O BNDES, no entanto, não respondeu ao pedido de comentário da reportagem.

Redução do desmatamento

Desde a retomada dos investimentos do fundo neste ano, de janeiro a setembro houve uma redução de 56,13% de área desmatada na Amazônia, com 5.705 km2 este ano ante 13.033 km2 no ano anterior. No mesmo período, também ocorreu uma queda de 53,87% dos alertas de dragas garimpeiras, com 2.501 este ano ante 5.422 em 2022.

Humberto Freire disse esperar esperar que mais recursos sejam destinados “a partir dessas reduções do desmatamento que já estamos entregando” neste ano.

“É a criação de um círculo virtuoso: mais investimentos, mais ações, menos desmatamento, mais investimentos”, concluiu.

Uma das metas da Polícia Federal, segundo ele, é o Centro de Cooperação da Polícia Internacional para combater crimes ambientais e o narcotráfico na Amazônia. Freire informou, ainda, que Ministério da Justiça e PF trabalham para inaugurar o local até o início de 2024.

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