HomeEcologia

Brigadistas de MS em alerta com incêndios no Pantanal

Brigadistas de MS em alerta com incêndios no PantanalFogo está se alastrantando rapidamente no Estado. Foto: CBMMS

Garimpeiros em rio na Amazônia falam em tocaia contra a polícia
Sema-MT aplica R$ 36 mi em multas por desmate ilegal no Cristalino
Plataforma impulsiona agricultura familiar com sustentabilidade

Mato Grosso do Sul começou o mês com o registro de 147 focos de incêndios, a maioria no Pantanal. Os quatro municípios do Estado que compõem o bioma estão na lista de áreas com alto risco de incidência de focos, o que representa uma situação de alerta máximo para as equipes de combate a incêndios, segundo a Folha de S. Paulo.

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que comparam os focos de incêndio deste mês com o mês passado revelam que o número já é mais de três vezes maior em outubro. Em setembro foram registrados 40 pontos de calor no Mato Grosso do Sul.

Dos focos de incêndio registrados atualmente, a maioria, ou seja, 108, está concentrada no município de Porto Murtinho, que faz parte de uma das 11 sub-regiões que compõem o Pantanal nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Embora represente uma pequena porção, cerca de 3%, do bioma do Pantanal, essa concentração de focos é preocupante devido às queimadas que estão ocorrendo dentro da Terra Indígena Kadiwéu, que ocupa uma área de 539 mil hectares e é de difícil acesso.

Para coordenador estadual do PrevFogo, Márcio Yule, órgão ligado ao Instituto Brasileiro Natural e de Recursos Renováveis (Ibama), a situação é de alerta. Ele recorda da queimada de 2020, quando 3,909 milhões de hectares do bioma foram devastados pelo fogo. Houve mobilização dos governos, ONGs e sociedade civil, com treinamento de brigadistas, residentes das áreas de risco, além de compra de equipamentos.

O sinal vermelho de prontidão deve seguir até que se inicie o ciclo regular das chuvas.

“Antigamente chovia a partir da segunda quinzena de setembro, mas faz tempo que isso não ocorre mais”, destacou.

O ponto é quando vai ter início esse ciclo regular. No ano de 2020, depois da devastação de agosto a novembro, a chuva começou apenas a partir da segunda quinzena daquele mês.

“Espero que isso não aconteça este ano”, finalizou.