Considerado um dos maiores desmatadores da Floresta Amazônica, o fazendeiro Geraldo Daniel de Oliveira foi preso em Goiânia (GO), na quarta-feira, 3/4. Geraldinho, como é conhecido, acumula mais de R$ 40 milhões em multas aplicadas pelo Ibama por crimes ambientais.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, contudo, o mandado de prisão preventiva foi expedido em Altamira (PA) pelos crimes de associação criminosa e falsidade ideológica. Não há informações, até o momento, se mais alguém foi preso junto com o fazendeiro e nem se algo foi apreendido durante a ação.
Investigado por ter devastado cerca de 6 mil hectares de terra dentro de uma área de proteção ambiental de São Félix, no Pará, ele havia sido preso no estado em junho de 2022, durante uma operação da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa (Segup). Mas foi solto pouco tempo depois.
Segundo o G1, Geraldo devastou a região para transformar a floresta em área de pasto e vender as madeiras derrubadas. Uma denúncia do Ministério Público do Estado (MPPA) de 2019 revelou que ele contratava pessoas para promover queimadas na unidade de conservação e, também, motoqueiros para ameaçar agentes ambientais.
O ritmo de devastação era intenso. Uma imagem divulgada em 7 de maio daquele ano, feita por satélite, mostrava uma grande área verde. Mas três meses depois, as investigações revelaram que o lugar se transformou em uma imensa mancha marrom. A área desmatada equivale a 6 mil campos de futebol na Amazônia.
LEIA MAIS:
Polícia prende e aplica multa de R$ 588 mil por desmatamento ilegal
Polícia cumpre 13 mandados por crimes ambientais no Pantanal
Polícia ambiental embarga área por desmate ilegal em MT
Polícia Federal destrói maquinários durante operação contra garimpo ilegal em terra indígena de MT
Polícia Ambiental flagra garimpo ilegal e multa proprietário em R$ 809,1 mil
Investigação policial impede novo “Dia do Fogo” no Mato Grosso