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Milho: MT negociou 95% da safrinha 2020/21 e 40,9% da colheita futura, diz Imea

Milho: MT negociou 95% da safrinha 2020/21 e 40,9% da colheita futura, diz Imea

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A comercialização de milho da safra 2020/21 em Mato Grosso avançou 2,97 pontos porcentuais em novembro ante outubro, perfazendo 95,05% da produção já vendida, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim. Este porcentual é inferior ao da safra anterior e à média dos últimos cinco anos, nota o instituto.
Já para a safra 2021/22, o Imea comenta que fatores como o maior valor de cotação do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT), a alta do dólar ante o real e o cenário otimista de uma semeadura dentro da janela ideal motivaram os produtores mato-grossenses a negociar volumes maiores em novembro. Assim, 40,95% da safra prevista já está travada, ao preço médio de R$ 62,82 por saca.
O Imea também divulgou a primeira estimativa de comercialização para a safra 2022/23, que ainda está “tímida”, segundo o instituto, em vista do cenário de alta de insumos. Em novembro, apenas 1,51% da produção prevista foi travada em Mato Grosso.

Algodão

O Mato Grosso comercializou, em novembro, 90,07% da safra de algodão 2020/21, avanço de 3,04 pontos porcentuais em relação a outubro, informou o Imea. Segundo o instituto, a evolução na venda está atrelada ao preço da pluma, que no mês se valorizou 8,88% ante outubro, com média de R$ 183,81 por arroba no Estado, “reflexo do aumento na cotação da fibra na bolsa de Nova York e do alto patamar do dólar (ante o real)”, diz.
Já para a safra 2021/22, a comercialização antecipada está lenta, por causa das incertezas em relação ao tamanho da safra. Assim, as vendas em novembro avançaram 1,79 ponto porcentual, somando 57,91% da colheita prevista.
Para o ciclo 2022/23, houve avanço de apenas 0,63 ponto porcentual, com 9,04% da produção prevista comprometida. “O menor avanço foi pautado pela perspectiva de aumento no custo de produção da safra, o que se reflete na relação de troca do produtor”, diz o Imea.
Fonte: Estadão Conteúdo