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Julho deve ser o mês mais quente da história, aponta ONU

Julho deve ser o mês mais quente da história, aponta ONU

Temperatura global de janeiro foi a mais alta registrada, diz Copernicus
Calor extremo levou ONU a afirmar que estamos em “ebulição global”
Terra teve o mês de setembro mais quente da história, diz Copernicus

Segundo informações do serviço de observação Copernicus, ligado ao programa espacial da União Europeia, as primeiras semanas deste mês apontam que julho será o mês mais quente já registrado na história. A temperatura média global temporariamente excedeu o limite de 1,5ºC acima do nível pré-industrial durante a primeira e terceira semana do mês.

Essa alta de temperatura está relacionada às ondas de calor que afetaram América do Norte, Ásia e Europa, juntamente com os incêndios florestais no Canadá e Grécia, que causaram severos impactos na saúde da população, meio ambiente e economia.

Um estudo da Universidade de Leipzig, na Alemanha, também aponta para a mesma conclusão, estimando que a temperatura média global deste mês ficará de 1,3ºC a 1,7ºC acima da média para julho.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reagiu aos dados divulgados, afirmando que o calor insuportável resultante do aumento das temperaturas é inaceitável e que os líderes devem tomar ações imediatas e dramáticas para enfrentar a crise climática. Ele destacou que a elevação média da temperatura global em 1,5ºC é possível, mas requer uma transição urgente e equitativa dos combustíveis fósseis para energias renováveis.

Por sua vez, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) ressaltou a urgência de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, considerando que o clima extremo enfrentado em julho é uma amostra do futuro que resultará das alterações climáticas.

A OMM estima alta probabilidade de que pelo menos um dos próximos cinco anos seja o mais quente já registrado na história e também alerta que as temperaturas globais podem ultrapassar 1,5ºC acima da média verificada entre 1850 e 1900.

O cenário de aquecimento global é atribuído não apenas ao fenômeno El Niño, mas também ao contínuo lançamento de gases-estufa na atmosfera. Especialistas enfatizam a necessidade urgente de ação climática global, particularmente por parte dos países do G20, que são responsáveis por grande parte das emissões globais.

A situação destaca a importância de uma transição rápida e abrangente para fontes de energia renováveis, a fim de mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável para o planeta.