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Recuperar pastagem é mais barato que desmatar, diz estudo

Recuperar pastagem é mais barato que desmatar, diz estudo

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Um estudo realizado pela Scot Consultoria com apoio das organizações Solidaridad e WWF-Brasil, em parceria com a TFA (Tropical Forest Alliance), mostrou que o Brasil tem potencial de elevar a produtividade do rebanho de bovinos sem a abertura de novas áreas para a atividade. A principal estratégia seria o aumento no uso de tecnologia e a restauração das pastagens.

A pesquisa, divulgada na terça-feira, 21/9, estimou investimentos entre R$ 126,99 bilhões e R$ 245,81 bilhões para a recuperação total dos 104,54 milhões de hectares de pastagens degradadas do País, considerando três cenários diferentes e o Estado de Mato Grosso como base. O valor é menor que o necessário para o desmate na criação de gado. Segundo o estudo, reforma de pasto custa, em média, R$ 2.982,18 por hectare. Já o de desmatar é de, no mínimo, R$ 3 mil por hectare.

Os cenários levam em conta desde a necessidade de uma reforma com utilização mínima de operações e insumos até uma reforma com alta tecnologia. De acordo com o estudo, das áreas ocupadas hoje, a produção da pecuária de corte atual poderia ocorrer em 87,8%, 66,9% e 62,9%, respectivamente. Isso levaria a uma liberação das áreas para outras atividades, comentou a Scot.

No documento, há também uma comparação entre os resultados de sistemas com uso de tecnologias para atender ao mercado chinês (bovinos até 30 meses) e um sistema de produção tradicional. “A comparação entre o histórico da rentabilidade (1995-2021) entre esses sistemas revela uma rentabilidade média de 3,8% no sistema tecnificado, contra 0,02% no sistema de baixa tecnologia”, conforme a pesquisa.

Fonte: Estadão Conteúdo