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Agrishow mostrou como tecnologia moldará futuro do agro

Agrishow mostrou como tecnologia moldará futuro do agroAtividade já passa por transição tecnológica. Foto: Reprodução/Agrishow Digital

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Por André Garcia

O campo não é mais apenas um espaço de produção de grãos: a agricultura moderna atua também na geração de energia, na prestação de serviços ambientais, no turismo rural e até na produção de biocombustíveis para aviação. E neste caminho, a principal aliada do setor é a tecnologia. É o que apontaram os debates na 30ª edição Agrishow.

Durante sua participação no evento, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, explicou que uma das apostas mais promissoras para o futuro do agro é a utilização da inteligência artificial (IA).

“Com a IA, o agro pode sair do analógico para o digital. E ela é uma ferramenta de inclusão socioeconômica, principalmente para os pequenos e médios produtores”, afirmou.

De acordo com Silvia, esse avanço vai automatizar processos dentro da porteira, com robótica, sensores e dados em tempo real. Além disso, vai democratizar o conhecimento técnico por meio de plataformas digitais e chatbots que atendem produtores via WhatsApp, e subsidiar decisões de governo, fomentando programas como o Plano ABC+.

Convergência de tecnologias: da biotecnologia à computação quântica

O futuro do agro também passa pela convergência de quatro grandes áreas: água, genes, bits e neurônios. Isso significa combinar, por exemplo, a biotecnologia no uso de edição gênica para criar cultivares mais produtivas e resistentes à seca, ao uso de fertilizantes e defensivos biológicos desenvolvidos a partir de bactérias e fungos nativos.

Outro avanço previsto é na agricultura espacial, que consiste no envio de sementes ao espaço para estudo de resistência em ambientes extremos. Silvia também destacou a computação quântica, com modelagens avançadas para agricultura preditiva, mapeamento climático e genético.

O papel das startups

Apesar dos avanços, 77% dos produtores brasileiros ainda são da agricultura familiar, e muitos enfrentam desafios de acesso à conectividade e à assistência técnica. Para mudar esse cenário, a Embrapa aposta na criação de ecossistemas autossustentáveis com startups, cooperativas, associações de produtores e empresas de tecnologia.

Projetos como o “SMS Diga” e o “+ Digital” já estão em campo, levando conhecimento técnico de forma acessível a pequenos e médios agricultores. E parcerias com startups, como a AgroRobótica, têm resultado em soluções inovadoras, como sensores que analisam o solo em dois minutos.

“A Embrapa entende que, hoje, startups, universidades e empresas privadas precisam trabalhar juntas em projetos estruturantes. É isso que vai dar escala e agilidade ao agro brasileiro”, concluiu Silvia.

 

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