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Venda de créditos de carbono pode render ao MT US$ 500 mi ao ano

Venda de créditos de carbono pode render ao MT US$ 500 mi ao ano

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Mato Grosso tem condições de captar até US$ 500 milhões ao ano para pagamento de créditos de carbono, por conta da redução do desmatamento.  Essa é a estimativa do diretor executivo do Earth Innovation Institute (EII), Daniel Nepstad.

O tema, que foi pauta na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26),  no ano passado, deve voltar à tona na COP-27, a ser realizada de 6 a 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito.

Para atuar no mercado de carbono, empresas investem no Mato Grosso para que o Estado possa estruturar cadeias de comércio de crédito de carbono, para futuramente poderem ter a opção de comprar esses créditos, como um bônus proveniente de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal).

“Recursos captados serão utilizados tanto para aprimoramento do combate ao desmatamento, mas principalmente para fomentar negócios verdes, que são empreendimentos sustentáveis”, avalia o secretário executivo de Meio Ambiente, Alex Marega.

Como funciona o mercado?

O mercado de carbono funciona com a venda de créditos excedentes de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE). Assim, empresas, países, Estados que ultrapassam a meta de redução das emissões de carbono podem vender esse excedente. No caso de Mato Grosso, o que conta é o desmatamento evitado, com programas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD).

Conforme o diretor executivo do Earth Innovation Institute (EII), Daniel Nepstad, a estimativa preliminar aponta que se Mato Grosso avançar nas ações de desenvolvimento sustentável promovidas pelo Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), pode reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera em 800 milhões de toneladas por ano, entre 2021 e 2030,  segundo padrões internacionais. Com a comercialização de 500 milhões de toneladas de carbono por ano, ao preço de 10 dólares por tonelada, chegamos a US$ 500 milhões por ano de receita para o Estado.

Fonte: Governo de Mato Grosso