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Pouco explorada, produção de mel pode ter aumento de 300 toneladas por ano em MT

Pouco explorada, produção de mel pode ter aumento de 300 toneladas por ano em MTEm MT, o clima é favorável e propicia produção de mel durante todo o ano. Foto: Seaf-MT.

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Mato Grosso ocupa atualmente o 14º lugar na produção de mel no país, com uma produção anual de 466 toneladas. O número poderia ser muito mais alto, já que o Estado, mesmo com uma vegetação formada por três biomas ricos em espécies que contribuem de forma direta para a apicultura, explora apenas 0,3% de seu potencial apícola.

Diante disso, o objetivo do Governo do Mato Grosso é aumentar a produção melífera em mais 300 toneladas de mel por ano, incrementando o número de postos de trabalho e a renda de famílias que trabalham no setor.

A viabilidade da cadeia levou o apicultor Waldelino Gomes a se mudar para uma chácara no Cinturão Verde, zona rural de Cuiabá, no começo da pandemia, quando deu início à sua produção. Só neste ano, ele já produziu cerca de 300 kg de mel, que vende por encomendas e nas feiras da cidade.

“Quando eu comecei a anunciar que eu tinha tirado mel, começaram a aparecer pessoas me informando sobre lugares que tinham enxames e caixas de abelhas, momento em que eu comecei a buscar as abelhas. Hoje, aqui na chácara, eu estou com 20 colmeias”, disse à reportagem da TV Centro América.

De acordo com Waldelino, falta mel no mercado brasileiro. “O investimento é pequeno, diante do que a abelha pode proporcionar durante a vida inteira.”

A observação é reforçada pelos dados da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), que mostram que o Estado absorve toda a produção interna e ainda precisa importar o produto, principalmente das regiões Sul e Sudeste, para suprir completamente a demanda local.

Potencial mato-grossense

Segundo a Seaf, em Mato Grosso o clima é favorável e propicia produção de mel durante todo o ano. De modo geral, uma colmeia resulta em média em 30 quilos de mel por ano. Na região do Pantanal, contudo, a quantidade quase duplica, atingindo uma média de 50 quilos de mel/ano.

Para os interessados, contudo, é importante lembrar que, para se firmar na atividade é preciso capacitação e organização, por meio de associações. Os desafios também passam pela implementação de políticas públicas e a viabilização de linhas de crédito.

Na tentativa de driblar o problema, o governo doou seis mil caixas de abelhas tipo Langstroth para mil agricultores familiares, capacitando-os sobre a montagem e boas práticas de uso. A produção de mel será doada para entidades filantrópicas, como creches, casas de repouso, escolas e associações de Pais e Amigos Excepcionais (Apaes).

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