HomeAgriculturaProdutividade

Ao STF, Embrapa reitera oposição ao plantio de soja até fevereiro baseada em questões técnicas

Ao STF, Embrapa reitera oposição ao plantio de soja até fevereiro baseada em questões técnicas

Publicado Zoneamento Agrícola da soja safra 2022/2023
Manejo Integrado de Pragas pode reduzir em 50% uso de inseticidas
Saiba como aumentar a produtividade de sua lavoura em até 30%

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) reiterou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seu seu posicionamento  contrário à ampliação da janela para o plantio de soja em Mato Grosso é técnico e “amparado em ampla bibliografia especializada sobre a questão” e com aval de várias outras instituições científicas.

No dia 30 de dezembro de 2021, o ministro do STF, Luiz Fux, solicitou a Embrapa informações sobre portarias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que majoraram o calendário de semeadura de soja em nível nacional. Em Mato Grosso, o prazo final para plantio, que começa em setembro, aumentou de 34 dias, passando do dia 31 de dezembro para 3 de fevereiro. A ação foi ajuizada Partido Socialista Brasileiro.

A Embrapa afirma, no documento enviado ao STF, que “assim como a maior parte das entidades, a empresa sempre foi contrária à liberação [do cultivo de soja em fevereiro], em razão do grande risco que a extensão da ‘ponte verde’ (sequência ininterrupta de lavouras a campo) traz para a sustentabilidade da cadeia produtiva da soja. A posição da Embrapa é técnica e se baseia em pesquisas realizadas, desde que a ferrugem foi introduzida no Brasil, em 2001, e na literatura científica sobre dinâmica de populações de fungos e controle de epidemias”.

Com o aval de instituições como a Fundação MT, Comitê de Ação à Resistência a Fungicidas (FRAC Brasil), Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) e Associação Brasileira dos Obtentores de Vegetais (Braspov), a  estatal diz ainda que o vazio sanitário e a semeadura de cultivares precoces têm ajudado a reduzir os casos de ferrugem asiática no país, que ocorre com mais frequência em regiões em que há semeadura tardia. A empresa defende a continuidade no conjunto de ações para que seja possível conter a evolução do fungo causador da doença.

Após as informações da Embrapa, o ministro Luiz Fux determinou que os autos sejam remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR), para manifestação sobre a cautelar pleiteada. Fux também pediu que a empresa se manifeste sobre seu interesse de ingressar na ação na qualidade de amigo da Corte (amicus curiae). A ação foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro e deve influenciar nos próximos plantios de soja.

Fonte: STF