HomeEcologiaPecuária

Você sabe o que é Boi 777?

Você sabe o que é Boi 777?A ação percorreu, nos últimos dez anos, mais de 120 mil quilômetros por MT. Foto: Acrimat

Imac apresenta balanço sobre a Missão Europa a pecuaristas de MT
Maior parte da pecuária de MT é formada por pequenos produtores, diz pesquisa
Articulação faz governo de MT revogar taxa extra para pecuaristas

Por Vinicius Marques

A Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso) finalizou neste mês de abril a décima edição do projeto Acrimat em Ação. Com o tema “Pecuária de corte de sucesso: um caminho sem volta”, a iniciativa trabalhou diversos pilares que contribuem para a produtividade e lucratividade de pecuaristas. Dentre eles, práticas e sistemas sustentáveis, além da maior profissionalização de produtores, tiveram destaque.

“O sucesso da pecuária de corte envolve tudo: profissionalismo, transformação da fazenda numa empresa e a sustentabilidade dividida em três pilares — a viabilidade econômica, o ambientalmente correto e o socialmente justo,” explica Francisco Manzi, diretor técnico da Acrimat, em entrevista exclusiva ao Gigante 163. “Não dá para você falar que tem uma pecuária sustentável, se você burla leis, avança em áreas de reserva ou desrespeita outros moradores locais.”

Segundo Manzi, o objetivo principal do Acrimat em Ação é levar informação aos produtores do Estado, correspondendo às demandas que os mesmos apresentam em seus negócios. “Os pecuaristas jovens e as propriedades já profissionalizadas apresentam desafios diferentes dos enfrentados pelos pioneiros”, aponta o diretor da Acrimat. “Eles já têm uma observância maior às regras de mercado e práticas novas, portanto carecem de suporte e orientação.”

Você sabe o que é Boi 777?

Um dos sistemas de produção que têm estado no radar de pecuaristas do Mato Grosso é o sistema de integração. As palestras do Acrimat em Ação de 2022 abordaram, principalmente, o conceito Boi 777: um método que busca reduzir a idade do abate e aumentar o peso da carcaça (a cada sete meses, sete arrobas, totalizando 21 arrobas em, no máximo, dois anos).

“Alguns produtores, para aplicarem esse método, passam pelo sistema de integração lavoura-pecuária (ILP)”, explica Manzi. “Porque as fazendas com ILP, em período seco, propiciam uma boa pastagem ao gado.”

A décima edição do projeto começou em 2020, porém, teve de ser suspendida devido à crise sanitária da Covid-19. O evento foi retomado neste ano e passou por 29 municípios, de todas as regiões do Estado. Ao longo dos últimos dez anos, foram mais de 120 mil quilômetros percorridos e mais de 30 mil produtores contemplados pelo evento.

LEIA MAIS: 

Conheça fazenda que é exemplo bem-sucedido da pecuária pantaneira

O que o Canadá espera do Brasil com exportação de carnes, segundo Acrimat

Selo Angus Sustentabilidade prevê lucratividade de certificação de carne